A pesquisa foi baseada na compreensão de como as plantas economizam água para sobreviver

Uma Pesquisa Científica sobre a função do Peróxido de Hidrogênio nas plantas, realizada por docente do curso de Engenharia Agronômica e Mestrado Profissional em Medicina Veterinária da Universidade de Marília (Unimar), Lucas Gaion, conquistou bolsa de estudos para Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e uma das mais importantes e concorridas bolsas de fomento à pesquisa.
De acordo com o docente, a conquista da bolsa se deu após longo período de pesquisa. “Começamos em 2019 com a construção do projeto, com pesquisas e análises. O processo envolveu os alunos da graduação, porque é fundamental para eles este contato com a ciência, uma vez que escrever, pensar, juntar informações e construir um pensamento em cima do tema é essencial no processo de aprendizagem. Iniciamos com a instalação dos primeiros ensaios em 2020, ali em plena pandemia, sempre trabalhando porque a ciência não pode parar em nenhum momento, e agora estamos concluindo o relatório para finalizar o projeto”, conta.
O docente conta ainda que toda a pesquisa foi baseada na compreensão de como as plantas economizam água para sobreviver, entendendo qual a molécula que leva a comunicação, dando origem ao estudo “As Plantas são seres sésseis, ou seja, elas não podem se mover de um lugar para o outro, então elas precisam lidar com todos os estresses ambientais e um dos principais é a falta de água. Para lidar com a seca, as plantas desenvolveram mecanismos de adaptação e aclimatação, em que ocorre uma comunicação entre a raiz e a parte aérea, sinalizando a necessidade de poupar água”, explica o docente.
Após meses de pesquisa, o docente descobriu que as plantas enviam o peróxido de hidrogênio para a parte aérea, informando a necessidade de economizar energia. “Isso porque, não adianta comunicar tardiamente quando já estiver murcha, a planta precisa começar precocemente esta comunicação. Durante a pesquisa, descobrimos que o peróxido de hidrogênio é uma das moléculas que estão envolvidas neste processo, porque ela é produzida na raiz, sai deste local e é enviada para a parte aérea da planta informando a necessidade de fechar os estômatos, que são as estruturas por onde as plantas perde a água e entra Co²”, complementa.
A Pesquisa Científica “O peróxido de hidrogênio está envolvido com a sinalização entre a raiz e a parte aérea durante a seca?” segue em estudo, mas agora com o apoio da Fapesp. “Eu me sinto muito grato por estar na Unimar, que prioriza a pesquisa, ensino e extensão, provando que quando bem feito, podemos conquistar ideais até então desacreditados. Estou muito feliz e muito satisfeito”, finaliza.

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Docente de Engenharia Agronômica da Unimar conquista bolsa Fapesp de Iniciação Científica