De alguns anos para cá, os tratamentos odontológicos passaram por grandes evoluções. E boa parte destas mudanças é creditada ao chamado “fluxo digital”.

Em resumo, o fluxo digital consiste na modernização de determinados processos, antes analógicos, que hoje proporciona mais agilidade, precisão e segurança nas mais variadas etapas do tratamento, englobando desde o planejamento até a execução dos procedimentos nas mais diversas áreas – como Cirurgia Ortognática, Implantodondia, Odontologia Estética, entre outras.

Para esclarecer os impactos e benefícios deste novo formato de trabalho, a D Marília conversou com os especialistas Cláudio Maldonado Pastori e Wilson Spínola Muniz, do Instituto de Reabilitação Oral e Maxilofacial (IROM). Confira a seguir.

Como funciona o fluxo de trabalho digital?

O trabalho do fluxo digital engloba diversas etapas de um trabalho odontológico. Numa primeira fase é realizado o registro digital do paciente. Neste primeiro momento, seja qual for o tratamento pretendido, são produzidas imagens como fotografias digitais ou vídeos da arcada dentária e face do paciente. Também há o escaneamento intraoral para registro de arcada e gengiva, bem como a tomografia, que reproduz a parte óssea e dentária em 3D. A necessidade de cada um desses registros é determinada a partir da avaliação do profissional e finalidade do tratamento.

Com essas informações em mãos, o profissional poderá dar início ao segundo passo, que é o planejamento virtual. As imagens são enviadas para softwares especializados permitindo que o procedimento seja mapeado, ou seja, feito de forma totalmente virtual, o que confere ao profissional uma atuação com grandes margens de previsibilidade e segurança.

Esse processo dá origem à terceira etapa: a confecção de materiais físicos, realizada por tecnologias como a fresagem e a impressão 3D. Este passo permite a criação de guias cirúrgicos para a execução do procedimento com precisão milimétrica, pois reproduzem fielmente a estrutura do paciente. Na fresagem, um equipamento promove o desgaste físico do material escolhido; já na impressão 3D, a impressora utiliza um material, como a resina, por exemplo, para, de fato, imprimir o produto final.

Quais são as vantagens do fluxo digital?

Munido de guias cirúrgicos e detalhes como tamanho dos dentes reais, relação exata entre maxila e mandíbula, por exemplo, o procedimento ganha extrema previsibilidade. Como os procedimentos são mapeados e testados de forma antecipada, isso também agrega agilidade ao procedimento final, com menor incidência de imprevistos na cirurgia, além de proporcionar um procedimento menos traumático.

Há também maior agilidade nas etapas, como no envio de imagens digitais ao cirurgião responsável e também ao laboratório para a prototipagem. Os processos físicos de fresagem, por exemplo, também passaram por uma evolução que permite a entrega antecipada de materiais, além da substituição da moldagem pelo escaneamento digital, que elimina uma etapa bastante incômoda do tratamento para o paciente.

Este moderno método contribui ainda para proporcionar ao paciente uma clareza muito maior de seus prováveis resultados. É possível visualizar projeções com alto nível de precisão e, em alguns casos, como em tratamentos estéticos, por exemplo, pode-se realizar ajustes de acordo com suas preferências individuais.

A importância da atualização profissional

Hoje a Odontologia Digital é uma ferramenta que se soma ao trabalho analógico realizado pelo profissional da área, acrescentando previsibilidade, segurança, agilidade e excelência desde a etapa diagnóstica até o planejamento e execução dos procedimentos.

Com a velocidade de modernização de técnicas e tecnologias, os profissionais precisam estar atentos e promover sua capacitação contínua para disponibilizar estes avanços em seu consultório. Os profissionais do IROM são pioneiros nesse quesito, buscando sempre oferecer as melhores condições de tratamento aos seus pacientes.

É válido lembrar, no entanto, que cada tecnologia terá sua indicação ou contraindicação determinada pelo profissional, que faz a avaliação caso a caso. Outro aspecto importante é que o profissional escolhido para o seu tratamento tenha uma ampla bagagem analógica e seja realmente capacitado para trabalhar com o fluxo digital, entendendo a complexidade de todos estes mecanismos, para que os resultados sejam o mais próximo possível do que foi previsto nos modelos digitais.

Nesse contexto também se destacam a presença de parceiros igualmente atualizados na realização das etapas envolvidas, tais como a tomografia, fresagem, escaneamento. São diversos processos e parceiros com os quais se trabalha de maneira integrada, envolvendo muita competência técnica, softwares e equipamentos, para proporcionar, sempre, o melhor resultado ao paciente.

SAIBA MAIS

O cirurgião buco-maxilo-facial Cláudio Maldonado Pastori (CRO-SP 36750) é diretor técnico do IROM – Instituto de Reabilitação Oral e Maxilofacial. É membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, membro do Conselho Mexicano Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e membro do corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Marília e Hospital Universitário Unimar, com mais de 80 trabalhos publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais (Lattes completo: goo.gl/r2Aswn).

O cirurgião-dentista Wilson Spinola Muniz (CRO-SP 67855) é formado em Odontologia pela Universidade de Marília (UNIMAR) – 1999. É especialista em Prótese Dentária, pós-graduado em Periodontia e Cirurgia Plástica Periodontal e em Prótese Sobre Implantes

O IROM fica na Rua Quinze de Novembro, 1058. Os telefones para contato são (14) 3422-5944 e (14) 99778-8288 (WhatsApp). Acesse: www.clinicairom.com.br

Compartilhar matéria no
O fluxo digital na Odontologia