“Os ESPUMANTES e as CELEBRAÇÕES”

* Por João Evaristo

Toda vez que pensamos em “celebrar”, o vinho que nos vem à cabeça é o espumante.

O “estouro” da rolha saindo, as borbulhas … Tudo nos remete ao aspecto festivo de comemoração !

Desde sua descoberta (onde era mais caro que o vinho tradicional), o “champagne” caiu nas graças da alta sociedade, sendo a bebida preferida da realeza e dos mais privilegiados. Com o advento da Revolução Industrial, uma forma de demonstrar ascensão social era beber “champagne”.

Desde sua criação, até os dias atuais, sempre esteve relacionado à alegria e festividades.

Afinal, batizar um navio quebrando uma garrafa no seu casco, comemorar uma conquista de Formula UM, as passagens de ano, dentre outras situações, tudo nesta bebida evoca comemoração ! Parece ter vida na taça …

Os brindes parecem celebrar sentimentos de amor e união.

Dá para imaginar uma passagem de ano sem eles ?

OS VINHOS “ESPUMANTES”

Vinhos espumantes são aqueles que contém gás carbônico dissovido no seu interior. Este gás faz com que o vinho tenha bolhas, e que forme-se uma espuma em sua superfície. Isto acontece por adição de açucares e leveduras num “vinho base”, de tal forma que se provoque fermentação. Como consequência, o gás natural da fermentação fica preso no interior da garrafa.

Há vários métodos para elaboração dos espumantes.

O mais importante é o “método tradicional ou clássico”, também chamado de “champenoise”.

Vale lembrar também que o nome “champagne” somente pode ser utilizado para os espumantes produzidos na região de Champagne, na França. Neste método. o vinho é submetido a duas fermentações, sendo a segunda realizada na garrafa.

As uvas clássicas utilizadas na produção do champagne são a branca Chardonnay e as tintas Pinot Noir e Pinot Meunier.

Além da região de Champagne, na França, são produzidos espumantes com qualidade, em várias regiões do mundo.

Na Espanha estão presentes principalmente na região de Penedès, na Catalunha, e recebem o nome de “Cava”. Lá são produzidos pelo “método clássico”, frequentemente com as uvas Macabeo, Parellada e Xarel-lo.

Em Portugal, a produção concentra-se principalmente em Távora-Varosa, e na Bairrada. A centenária Raposeira elabora seus espumantes com o “método clássico”, basicamente com as uvas Malvasia Fina, Cerceal e Gouveio, enquanto que a vinícola Murganheira, há mais de 50 anos, além das três uvas anteriores, também emprega as uvas Chardonnay, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Pinot Noir.

O nosso Brasil destaca-se como produtor em nível mundial. Utiliza frequentemente as uvas Chardonnay, Pinot noir e Riesling Itálico. Com credibilidade mundial, nossos espumantes já superaram, por muitas vezes, italianos, espanhóis e até (raramente) alguns champagnes. Destacam´se no Brasil os espumantes elaborados por praticamente todos os métodos.

Existe também um método de produção chamado “charmat”, onde a segunda fermentação ocorre em grandes tanques, geralmente de aço inoxidável. O produto final, usualmente, tem aromas e sabores menos complexos que os obtidos pelo “método clássico”. É largamente empregado na Alemanha, para fazer o espumante denominado “sekt”, produzido basicamente com as uvas Riesling e Muller-Thurgau.

O “método charmat” também é utilizado nos “proseccos” italianos, feitos a partir da uva do mesmo nome ou glera, principalmente na região do Vêneto.

Existe ainda outro método chamado “asti”, originário da cidade italiana de Asti, no qual existe uma única fermentação para a obtenção de álcool e bolhas. As uvas mais utilizadas são da variedade Moscato. No Brasil produzem-se “espumantes moscatéis” do mais alto nível, com muitas premiações internacionais.

TIM ! TIM !
Ótimas celebrações !
João Evaristo e família 

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