
Prisha Mosley, de 26 anos, mãe de um bebê de seis meses, enfrenta dificuldades permanentes após uma transição de gênero realizada quando era adolescente. Depois de passar por uma mastectomia dupla aos 18 anos, Prisha não pode amamentar e enfrenta dificuldades físicas decorrentes das mudanças hormonais e cirúrgicas. Ela afirma ao tabloide britânico DailyMail que a decisão de mudar de gênero foi impulsionada por problemas de saúde mental não resolvidos e que, anos depois, percebeu que havia cometido um erro. Atualmente, ela processa os médicos e profissionais envolvidos, alegando que foi enganada sobre as consequências de sua transição.
Após uma mastectomia dupla aos 18 anos, Prisha nunca imaginou que o processo de transição para o sexo masculino, algo que parecia a solução para seus problemas de saúde mental, acabaria causando uma série de complicações físicas e emocionais. A dor se reflete em cada momento que ela não consegue amamentar o filho ou abraçá-lo da maneira que desejava. Ela descreve a sensação de ter um “grande buraco” onde antes havia seu peito, resultado das cicatrizes e danos permanentes que sofreu.
O erro de uma adolescente vulnerável
Prisha não é a única que sente ter sido forçada a fazer uma escolha drástica. Ela faz parte de um grupo crescente de jovens que acreditam terem sido enganados por profissionais de saúde e ativistas transgêneros, sendo levados a fazer uma transição sem total compreensão das consequências. “Foi vendido como algo maravilhoso que tiraria toda a angústia que eu estava sentindo, mas não ajudou em nada”, afirma ela ao veículo.
Seu caso é particularmente relevante, pois vem ganhando atenção em meio a uma discussão crescente no Reino Unido sobre os riscos do tratamento médico de afirmação de gênero para menores de idade. A recente proibição de bloqueadores da puberdade por tempo indeterminado no Reino Unido reflete essa preocupação, com o governo afirmando que esses tratamentos podem representar um “risco inaceitável” à segurança de crianças e jovens.
Prisha está processando os médicos que a convenceram a passar pela transição de gênero. Ela alega que seu sofrimento foi minimizado e confundido com disforia de gênero. “Eu não estava bem, eu estava instável. Eu estava vendo terapeutas para meus problemas de saúde mental e, de repente, fui diagnosticada com disforia de gênero”, diz Prisha.
A luta pela justiça e o ativismo contra a afirmação de gênero
Apesar da dor e do sofrimento que ela continua a enfrentar, Prisha se tornou uma defensora ativa contra o cuidado de afirmação de gênero para menores. Em sua casa na cidade de Big Rapids, Michigan, ela relata o ostracismo e as ameaças constantes que tem recebido desde que se tornou uma ativista. “Me dizem todos os dias que eu tenho o sangue de crianças que precisam fazer a transição em minhas mãos”, desabafa.
Ela enfrenta a dor de ver seu corpo transformado e os desafios de uma gravidez de alto risco, que foi inesperada, mas também uma surpresa agradável. A gestação não foi fácil, principalmente devido às complicações hormonais provenientes de sua transição, e ela precisou lidar com dificuldades físicas e emocionais, incluindo a dificuldade de produzir leite, a dor persistente de suas cicatrizes e as limitações físicas que surgiram com a destransição.
“Eu queria meu corpo feminino de volta”, diz ela. A história de Prisha se tornou uma das primeiras de destransicionistas a abordar a realidade da maternidade, compartilhando as dificuldades de uma mulher que passou por uma transição para homem, mas que agora luta para reconectar-se com sua identidade feminina.
Consequências físicas e emocionais
Além dos desafios de saúde física, Prisha também sofre de complicações como atrofia vaginal, resistência à insulina e síndrome do ovário policístico, resultados diretos de anos tomando testosterona. Ela descreve a dor crônica e os problemas com a voz, que agora é mais grave, uma mudança que a impede de cantar como antes. Ela também tem enfrentado dificuldades financeiras, precisando de tratamento estético como a remoção de pelos a laser e a reconstrução mamária, ambos custosos e difíceis de manter.
O caso de Prisha está gerando uma grande repercussão nos Estados Unidos, onde ela tem sido uma voz para os destransicionistas. Ela testemunhou sobre os perigos dos cuidados médicos de afirmação de gênero para menores e processou os profissionais de saúde que a convenceram a fazer a transição. Seu caso, que está sendo considerado um marco legal nos Estados Unidos, pode estabelecer um precedente importante para futuras disputas judiciais sobre as escolhas médicas relacionadas à transição de gênero para adolescentes.
O futuro de Prisha e sua luta por justiça
Embora Prisha tenha sofrido imensamente com as consequências de sua transição, ela continua a lutar por justiça, com a esperança de que sua experiência ajude a impedir que outros jovens vulneráveis passem pelo mesmo processo. “Eu acredito que outros adolescentes vulneráveis e confusos deveriam saber sobre os riscos de tomar decisões médicas para tentar mudar de sexo”, diz ela, refletindo sobre sua jornada.
Fonte: Gazeta Brasil
Fonte Diário Brasil