A conexão entre o corpo humano e os olhos vai muito além da visão. Muitas doenças deixam sinais visíveis nessa parte do corpo, incluindo condições graves como o Alzheimer. Estudos recentes apontam que os olhos podem revelar os primeiros indícios dessa doença neurodegenerativa.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente pessoas acima de 65 anos. Ela provoca perda de memória, dificuldades em realizar tarefas do dia a dia e, em estágios avançados, compromete a autonomia total do paciente.
Sem cura conhecida, o diagnóstico precoce é essencial para oferecer uma melhor qualidade de vida e retardar a progressão dos sintomas.
Como os olhos podem indicar o Alzheimer?
Uma pesquisa realizada pelo Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, e publicada no periódico especializado Acta Neuropathologica, descobriu alterações específicas na retina de pacientes com comprometimento cognitivo leve.
Esses pacientes apresentavam níveis elevados de proteínas associadas às alterações cerebrais do Alzheimer. Essas proteínas, chamadas beta-amiloide e tau, também estão presentes no cérebro de pessoas diagnosticadas com a doença.
Os pesquisadores explicam que essas alterações na retina podem ser observadas em estágios iniciais do comprometimento funcional, sendo “um biomarcador confiável para detecção e monitoramento não-invasivo” do Alzheimer.
Isso significa que exames oculares simples no futuro podem se tornar uma ferramenta poderosa para diagnóstico precoce. Uma ótima notícia, não é?!
Diagnóstico precoce é essencial
Identificar o Alzheimer nos estágios iniciais é crucial para implementar tratamentos que retardem a progressão da doença e melhorem a qualidade de vida do paciente.
Embora ainda não exista cura, intervenções podem aliviar sintomas e proporcionar mais independência aos pacientes por mais tempo.
Além do estudo citado, outras pesquisas também exploram a relação entre os olhos e o Alzheimer. Cientistas sul-coreanos, por exemplo, desenvolveram uma lente intraocular capaz de identificar alterações relacionadas à doença. Essa tecnologia pode vir a complementar exames tradicionais, tornando o diagnóstico ainda mais preciso.
De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 1,2 milhão de brasileiros vivem com algum tipo de demência, incluindo o Alzheimer. Esses dados reforçam a importância de iniciativas para diagnóstico precoce e tratamento.
Fonte: Catraca Livre
Fonte Diário Brasil