Photo by Drew Angerer/Getty Images

O senador americano Marco Rubio, agora assumindo o cargo de Secretário de Estado no governo de Donald Trump, havia anteriormente, durante a administração passada, pedido a anulação do visto de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil. Rubio, conhecido por sua postura crítica em relação ao que ele chama de “censura” no Brasil, particularmente após a decisão de Moraes de bloquear a rede social X (antigo Twitter), argumentou que o ministro brasileiro estava comprometendo a liberdade de expressão e, portanto, deveria ser impedido de entrar nos EUA. Essa demanda ganhou força entre parlamentares republicanos que viam na atuação de Moraes uma ameaça às liberdades democráticas.

Com sua nova posição como Ministro de Estado, Rubio tem a oportunidade de reavaliar essa questão sob uma nova ótica. Durante a transição para o cargo, há especulações sobre se Rubio manterá sua postura anterior ou se adotará uma abordagem diplomática mais moderada, considerando as relações bilaterais entre Brasil e EUA. A decisão de cancelar o visto de um ministro de um país aliado como o Brasil não é trivial e pode acarretar implicações diplomáticas significativas, especialmente em um cenário onde o Brasil busca fortalecer suas relações econômicas e políticas com os Estados Unidos sob a nova administração Trump.

Até o momento, não há indícios claros de como Rubio, em sua nova função, irá proceder. No entanto, o contexto político atual, marcado pela vitória de Trump e pela nomeação de Rubio para uma posição de alto escalão, pode influenciar a política externa dos EUA em relação ao Brasil. A controvérsia envolvendo o visto de Moraes pode ser um teste para a abordagem de Rubio, que agora tem o poder de decidir se essa questão será tratada como um ato de retaliação ou se será reconsiderada em prol de uma diplomacia mais construtiva.

Por Júnior Melo

Fonte Diário Do Brasil

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Controvérsia: Marco Rubio, que havia pedido o cancelamento do visto de Moraes, deve agora avaliar o próprio pedido como ministro de Estado americano