
A ex-assessora especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, afirmou ter sofrido pressões dentro da organização por não classificar a guerra entre Israel e Hamas como “genocídio”. Demitida em novembro, em entrevista ao Air Mail Weekly, ela revelou que foi perseguida e intimidada por sua posição, sem receber apoio interno.
Nderitu ressaltou que apenas tribunais podem determinar se há genocídio e destacou que pressões semelhantes não ocorreram em outros conflitos, como os da Ucrânia, do Sudão e de Mianmar. “O foco sempre foi Israel”, afirmou. Segundo ela, ao condenar um lado diariamente, a ONU compromete sua neutralidade.
Seu posicionamento gerou reações dentro da organização. Após uma declaração acerca do conflito em outubro de 2023, ela recebeu críticas internas, inclusive em uma carta escrita por um grupo anônimo de funcionários da ONU, que a questionavam pela falta de uma condenação mais incisiva contra Israel.
A pressão aumentou após uma petição que reuniu mais de 22 mil assinaturas pedir a renúncia de Nderitu. Além disso, ela relatou ter recebido ameaças em redes sociais e por e-mail, incluindo mensagens agressivas enviadas ao seu endereço institucional da ONU.
Durante seus últimos meses no cargo, ela também se tornou alvo de questionamentos diários em coletivas de imprensa, nas quais jornalistas cobravam sua posição sobre um possível genocídio cometido por Israel. “Todos os dias falavam de mim. Por que ela não diz que há um genocídio?”, disse.
O viés anti-Israel da ONU e de suas agências é algo cada vez mais notório.
Via: Air Mail Weekly
Fonte: @standwithus_brasil
Fonte Diário do Brasil