O drama da violência contra a mulher só aumentou com o isolamento (medida decorrente da pandemia do novo coronavírus). A ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento, divulgou em abril o relatório

“A sombra da pandemia: violência contra mulheres e meninas e Covid-19”.Uma em cada três mulheres em todo o mundo já sofreu violência física e/ou sexual e isso tende a piorar por conta da pandemia e orientação de isolamento.

A diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, em declaração emitida em abril, falou sobre a tensão criada pelo confinamento e a pressão por conta das preocupações relacionadas à segurança, saúde e dinheiro. O isolamento das mulheres com parceiros violentos tem aumentado, fazendo com que essas mulheres sejam separadas das pessoas e dos recursos que podem auxiliá-las.

Esse cenário, segundo Phumzile é “uma tempestade perfeita” para controlar o comportamento violento a portas fechadas, além disso, com o sistema de saúde sobrecarregado por conta da pandemia, os abrigos de violência doméstica estão atingindo a sua capacidade máxima.

O problema da violência contra a mulher já representava uma demanda alarmante , nos 12 meses anteriores à pandemia, 243 milhões de mulheres e meninas (de 15 a 49 anos) em todo o mundo, foram submetidas à violência sexual ou física por um parceiro íntimo.

Conforme o isolamento continua, esse número tende a crescer com múltiplos impactos no bem-estar das mulheres (em sua saúde sexual e reprodutiva, em sua saúde mental e em sua capacidade de participar e liderar a recuperação de nossas sociedades e economia).

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Casos de violência contra a mulher  aumentam com o isolamento social