(Petrobras/Divulgação)

Os balanços de Nvidia e Petrobras são as bússolas do mercado financeiro nesta quinta-feira, depois das divulgações dos números do quarto trimestre após o fechamento do mercado na véspera.

Nos EUA, a Nvidia mostrou mais um crescimento explosivo de resultados, com alta de 82% no lucro, na comparação anual, receitas ainda avançando e projeções acima das estimativas para o próximo ciclo financeiro. Ainda assim, investidores estão em cima do muro.

Nvidia tem tido crescimentos exponenciais na esteira do desenvolvimento de inteligências artificiais que demandam maior capacidade de processamento. Por outro lado, os resultados de 2024 foram obtidos antes de a China ter mostrado que pode entregar uma ferramenta de IA ainda mais eficiente que as ocidentais, como o ChatGPT, sem a necessidade de usar processadores tão robustos (e caros), como são os da Nvidia.

Nesta quinta, as ações da companhia abriram o pré-mercado em queda, mas viraram para o positivo. Reação que reflete a dificuldade do mercado financeiro em realmente avaliar qual será a taxa de crescimento da companhia daqui para frente. O desempenho contido da ação também contrasta com as explosões registradas nas divulgações de resultados dos trimestres anteriores.

E nisso podemos falar de Petrobras, cujos papéis refletem uma reação mais apaixonada do mercado – só que negativa. Os recibos de ações da estatal, negociados em Nova York, caem mais de 3% no pré-mercado, uma reação à queda de 70% no lucro da companhia no ano passado.

Existem explicações contábeis, que não estão relacionadas à operação da empresa, para o tombo no balanço. Ainda assim, é inegável que as receitas encolheram (efeito do câmbio e da baixa no preço do petróleo).

O tombo da Petro se reflete sobre o EWZ, o fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, e aponta para mais um dia negativo no Ibovespa.

Na agenda macro, o IBGE divulga a taxa de desemprego de janeiro, um dia após o Caged mostrar a criação sólida de vagas de trabalho formais no país. E haverá ainda a publicação do resultado do governo central, que mostra o desempenho fiscal do país. No exterior, a agenda é relativamente fraca, com nova leitura do PIB americano e a ata da última reunião do Banco Central Europeu.

Agenda do dia

8h: FGV divulga IGP-M de fevereiro
8h30: BC publica resultado de conta-corrente em janeiro
9h: IBGE anuncia taxa de desemprego da Pnad contínua do trimestre até janeiro
9h30: BCE divulga ata da reunião de política monetária
10h30: EUA divulgam pedidos semanais de auxílio-desemprego
10h30: EUA publicam revisão do PIB/4Tri
11h15: Jeffrey Schmid (Fed) fala em fórum
12h: Michael Barr (Fed) discursa
13h45: Michelle Bowman (Fed) discursa
14h30: Tesouro anuncia resultado do Governo Central em janeiro
15h15: Beth Hammack (Fed) discursa em evento
17h15: Patrick Harker (Fed) fala em evento

Fonte: Veja

Fonte: Diário do Brasil

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Ações da Petrobras recuam mais de 3% no pré-mercado após queda no lucro em 2024