A RIC Ambiental, responsável pelos serviços de água e esgotamento sanitário em Marília, intensifica o alerta à população sobre os impactos do uso inadequado da rede de esgoto. O descarte de resíduos sólidos como fraldas, absorventes, cotonetes, lenços umedecidos, restos de alimentos e óleo de cozinha, feito diretamente em pias, ralos ou vasos sanitários, tem causado sérios prejuízos ao sistema de saneamento da cidade.
Esses materiais não pertencem à rede de esgoto e, ao serem lançados indevidamente, obstruem tubulações, sobrecarregam bombas, danificam equipamentos essenciais para o tratamento adequado do esgoto, além de comprometer a qualidade do serviço prestado, gerando consequências que vão além dos imóveis onde o descarte ocorre.
Embora pareçam pontuais, os pequenos gestos de descarte incorreto impactam toda a cidade. Somente em Marília, toneladas de resíduos são retiradas regularmente das redes de esgoto, um trabalho que exige realocação de equipes técnicas, que poderiam estar atuando em manutenções preventivas ou na ampliação da cobertura dos serviços.
Segundo Julio F. Neves, superintendente comercial e de comunicação da RIC Ambiental, um sistema de esgotamento sanitário eficiente depende tanto da estrutura instalada quanto da consciência coletiva de seus usuários “Estamos investindo constantemente em equipamentos modernos, tecnologias e equipes capacitadas. Mas nenhuma estrutura, por melhor que seja, funciona bem sem o uso adequado por parte da população”, destaca.
A RIC Ambiental segue comprometida com a melhoria contínua dos serviços de saneamento básico no município e tem intensificado ações de manutenção e investimentos em infraestrutura, no entanto, o saneamento também passa pelo comportamento consciente de cada cidadão. Cuidar da rede de esgoto é cuidar da cidade, das pessoas e do futuro.
O que não pode ir para o esgoto?
A rede de esgoto foi projetada exclusivamente para conduzir água de pias, chuveiros, tanques e dejetos humanos. Qualquer outro tipo de resíduo pode causar entupimentos, mau cheiro, poluir o meio ambiente e até prejudicar o tratamento do esgoto. Por isso, é importante dar o destino correto a cada material, seja no lixo comum ou na coleta seletiva. Confira a seguir o que deve ser evitado e como descartar corretamente.
Óleo de cozinha usado:
Quando descartado na pia, o óleo forma uma crosta espessa nos canos, provocando entupimentos e dificultando o tratamento do esgoto. O recomendado é armazenar o óleo usado em garrafas plásticas e encaminhá-lo a pontos de coleta para reciclagem.
Utilize telas nos ralos: Resíduos de alimentos, borra de café e fios de cabelo podem se acumular e provocar entupimentos. Para evitar esse problema, use telas de proteção nos ralos da cozinha e do banheiro. Essas telas ajudam a reter partículas maiores, facilitando o descarte correto no lixo.
Bitucas de cigarro: Contém substâncias tóxicas e poluentes que prejudicam o meio ambiente e demoram anos para se decompor. A recomendação é apagar completamente e descartá-las no lixo comum.
Medicamentos vencidos:
O descarte inadequado de medicamentos pode contaminar a água e afetar a saúde pública. Esses resíduos devem ser entregues em farmácias ou unidades de saúde que possuam programas de coleta específicos.
Produtos químicos em excesso:
O uso exagerado de produtos químicos pode corroer os canos e formar bloqueios sólidos nas tubulações, agravando problemas no sistema. Em casos de entupimento, recomenda-se utilizar métodos caseiros, como a mistura de água quente, bicarbonato de sódio e vinagre, ou buscar auxílio profissional.
Lixo no vaso sanitário:
Papel higiênico, absorventes, fraldas descartáveis, cotonetes, fios dentais e lenços umedecidos não devem ser descartados no vaso sanitário. Esses materiais podem obstruir as tubulações, causando entupimentos graves. O ideal é sempre descartá-los no lixo.
Folhas e sujeiras em calhas e ralos externos:
O acúmulo desses materiais pode impedir o escoamento da água, provocando alagamentos, especialmente durante as chuvas. A limpeza periódica desses locais é fundamental para o bom funcionamento do sistema de drenagem.
Caixa de gordura:
O acúmulo de gordura na caixa pode causar transbordamentos e entupimentos. Recomenda-se a limpeza a cada três meses para garantir o bom funcionamento da rede.
