
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vive um momento de profundo desgaste político, com aprovação em queda e dificuldade crescente de articulação com o Congresso Nacional. Promessas centrais da campanha, como crescimento econômico robusto, pacificação institucional e avanço social, enfrentam obstáculos, e a percepção popular tem se deteriorado. O clima dentro do próprio governo é de preocupação, e lideranças próximas ao Planalto já reconhecem que as chances de reeleição em 2026 estão cada vez mais remotas, diante de uma base social desmobilizada e de uma oposição mais organizada.
Internamente, aliados de Lula admitem que o cenário político atual é adverso e que a manutenção do poder dependerá de fatores externos à gestão direta do Executivo. Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a ser visto como um pilar essencial para tentar conter o avanço da oposição. Decisões judiciais que envolvem lideranças políticas adversárias, desmonte de articulações de direita e controle sobre pautas sensíveis nas redes sociais estão entre as estratégias observadas. Críticos apontam uma judicialização excessiva da política como sinal de fragilidade do governo.
Para analistas e membros da oposição, a crescente dependência do governo Lula de ações do Judiciário revela o esgotamento de sua força política original e a perda de conexão com a sociedade. O enfraquecimento do apoio popular, somado ao desgaste de figuras-chave do governo, tende a abrir espaço para novos nomes no tabuleiro eleitoral de 2026. A esquerda, antes confiante em uma hegemonia prolongada, agora enfrenta um cenário em que a reeleição de Lula parece mais um desafio improvável do que uma continuidade natural do poder.
Fonte: Diário Do Brasil