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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (3/6) a Operação Conexão Fatal, voltada a desmantelar um esquema de fraude contra os sistemas informatizados da Receita Federal do Brasil (RFB). A ação ocorreu simultaneamente em Recife (PE) e Itaperuna (RJ), onde foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.

As investigações, iniciadas a partir de uma comunicação da própria Receita Federal, revelam um crime incomum, a apresentação fraudulenta de mais de 300 Declarações Finais de Espólio (DFE) em nome de pessoas vivas. Sem qualquer ciência das vítimas, os fraudadores alteraram a situação cadastral desses contribuintes para “Titular Falecido”, como se todos tivessem morrido oficialmente.

A manobra, além de causar constrangimentos, provocou uma série de consequências para os atingidos, contas bancárias congeladas, bloqueio de bens em cartórios, lançamento indevido de tributos e multas, e suspensão de benefícios sociais, como o Bolsa Família, seguro-defeso, auxílio-reclusão e até benefícios do INSS.

Segundo a PF, a falsificação de óbitos pode ter sido usada como forma de extorsão, visando pressionar as vítimas a pagar para regularizar a própria “volta à vida” nos sistemas oficiais.

O crime comprometeu diretamente a integridade do Cadastro de Pessoas Físicas da Receita, com o envio de dados falsos em larga escala. Os envolvidos podem responder por invasão de dispositivo informático, além de outros delitos a serem apurados conforme o avanço das investigações.

Fonte: Metrópoles

Fonte: Diário Do Brasil

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Grupo ‘matava’ pessoas no sistema da Receita Federal e cobrava por ‘volta a vida’