
O superintendente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, José Augusto Gomes, comentou sobre a nova modalidade recém-lançada pelo Banco Central, para facilitar o pagamento de despesas recorrentes, como mensalidades, taxas de condomínio, assinaturas, planos de saúde e contas de serviços essenciais, entre outras, através do PIX. Segundo ele para os pequenos negócios que quiserem receber os pagamentos neste formato, é preciso contratar o serviço junto aos bancos, enquanto que para o consumidor, a utilização é gratuita. “Será uma forma de exigir do consumidor um planejamento financeiro básico”, disse o dirigente que considera importante o controle das finanças pessoais. “Certamente isso ajudará as pessoas a efetuarem pagamento em dias corretos, sem pagamentos de juros e multa”, acredita.
José Augusto Gomes explica que dependendo do banco, a adesão ao serviço por parte dos empreendedores estará disponível nos canais digitais ou nas agências. O custo do serviço é informado no momento da adesão. Como forma de evitar golpes, somente empresas que estão ativas há mais de seis meses podem oferecer o pix automático como uma forma de pagamento aos seus clientes. “O sistema eletrônico vem evoluindo a cada geração e isso é importante para a movimentação econômica do comércio em geral”, disse ao lembrar que o pix é a modalidade preferida por quase a metade dos microempreendedores individuais do país (48%). Além disso, 97% dos empreendedores aceitam o pix como forma de pagamento. De todo o recurso movimentado na venda de produtos, esse modelo já responde por 51% ou mais do faturamento das empresas.
Segundo o superintendente da Associação Comercial e de Inovação de Marília na comparação com o débito automático, a nova modalidade do pix permite que a empresa, a partir da contratação do serviço, receba os recursos automaticamente de clientes de qualquer instituição financeira. No caso do débito automático, é necessário firmar um convênio com cada um dos bancos – o que dificulta o processo para pequenos negócios. Segundo a pesquisa “Pulso dos Pequenos Negócios do Sebrae”, 94% dos empreendedores já utilizam o pix como meio de recebimento, sendo que 81% o consideram o método mais importante para o dia a dia financeiro. Entre os benefícios apontados pelos donos de pequenos negócios, a forma de pagamento se destaca pela agilidade (89%), pela redução de custos (76%), facilidade de conciliação (63%) e pela diminuição da inadimplência (54%). “Uma modalidade de pagamento que não tem volta”, falou José Augusto Gomes.
Para se ter uma ideia da preferência pelo PIX, no ano passado, os brasileiros realizaram 63,8 bilhões de operações através do Pix, um crescimento de 52% em relação a 2023, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Novamente, foi o meio de pagamento mais utilizado do país, além de superar a soma de outras modalidades. Juntos, cartões de crédito e débito, boletos, TED, cartão pré-pago e cheques totalizaram 50,8 bilhões de transações. “Uma maneira comercial revolucionária no sistema financeiro, com uma ferramenta simples e segura de pagamentos instantâneos 24 horas por dia, sete dias por semana”, disse José Augusto Gomes ao observar na pesquisa que em valor de transação, o Pix foi o segundo colocado, com R$ 26,9 trilhões transacionados. O meio de pagamento com o maior volume de operações foi a TED, com R$ 43,1 trilhões.