
A recente postagem da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, exibindo uma imagem da Serra de Caldas capturada pelo satélite Landsat 9, pode esconder mais do que um simples registro geográfico. Divulgada no domingo (22), poucas horas após os EUA lançarem a “Operação Midnight Hammer” contra instalações nucleares iranianas — incluindo Fordo, Natanz e Isfahan — com sete aviões B-2 Spirit, a imagem levanta suspeitas de ser um recado indireto. Esse ataque, uma escalada na guerra entre Israel e Irã, ocorreu enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma postura ambígua, apoiando a entrada do Irã no bloco BRICS em 2024 e promovendo laços comerciais, apesar das evidências de que Teerã busca desenvolver armas nucleares. A escolha de destacar a Serra de Caldas, próxima a áreas com depósitos de urânio como Poços de Caldas, sugere que os EUA possam estar sinalizando descontentamento com a proximidade brasileira a um regime hostil a seus aliados.
A decisão de Lula de fortalecer relações com o Irã, como visto no encontro bilateral com o presidente Ebrahim Raisi em 2023 em Johannesburgo, contrasta com a postura dos EUA e de Israel, que consideram o programa nuclear iraniano uma ameaça existencial. Documentos recentes, como os divulgados pela BBC em 19 de junho de 2025, indicam que Israel estima que o Irã está a dias de produzir material para bombas nucleares, justificando os ataques retaliatórios. A postagem da Embaixada, portanto, pode ser interpretada como uma advertência aos brasileiros sobre os riscos de alinhar-se a um país que, segundo o Pentágono, foi alvo de 125 aeronaves americanas em uma operação que obliterou suas principais instalações nucleares. A coincidência temporal com os ataques reforça a possibilidade de uma mensagem estratégica.
A hipocrisia do governo Lula torna-se evidente quando se considera o contexto interno. A Serra de Caldas, embora não tenha urânio confirmado, fica próxima a regiões com reservas minerais estratégicas, e a postagem pode ser uma forma de os EUA pressionarem o Brasil a rever sua política externa. Com o uso de tecnologia Landsat 9 — historicamente associada a monitoramento geopolítico — e a proximidade com os ataques ao Irã, a imagem da Embaixada soa menos como uma curiosidade científica e mais como um alerta: o Brasil deve escolher lados com cuidado, especialmente quando seu parceiro comercial, o Irã, está no centro de um conflito nuclear que os EUA e Israel estão determinados a conter.
Fonte Diário Brasil