
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O governo do presidente Lula (foto, à direita de Davi Alcolumbre) empenhou 2,2 bilhões de reais para pagar emendas tipo transferência especial – as chamadas emendas PIX – no segundo dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse é o primeiro lote de emendas liberados pelo governo federal após as mudanças determinadas pelo ministro Flávio Dino nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) que questionam o pagamento a deputados e senadores.
Esse empenho também coincide com as articulações do Centrão em prol da anistia de Jair Bolsonaro. Como mostramos, partidos – inclusive aqueles que têm pastas no governo Lula, como PSD e Republicanos – passaram a defender a impunibilidade do ex-presidente da República e dos réus do 8 de janeiro. Na Câmara, há pelo menos 300 votos pela anistia.
O governo Lula, conforme apurou O Antagonista, acredita que com a liberação desses recursos seria mais fácil barrar o avanço da anistia a Jair Bolsonaro no Congresso. O próprio Palácio do Planalto já admite que esse tema ganhou força no Congresso nesta semana.
Anistia é golpe parlamentar?
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou nesta quarta-feira, 3, o apoio de deputados ao projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Partido e deputado que se associar a esse projeto de anistia para livrar a cara do Bolsonaro está patrocinando um golpe parlamentar, na democracia e nas instituições. É um violento ataque ao Supremo Tribunal Federal que realiza um julgamento história. Vamos à luta política para derrotar esse projeto da anistia”, afirmou Lindbergh. As declarações foram feitas em coletiva de imprensa, no STF, onde o petista acompanha o julgamento da ação penal.
“Eu me recuso a acreditar que isso [o projeto de lei da anistia] seja pautado. Na reunião de líderes, os líderes dos maiores partidos, PP, Republicanos, União Brasil, pediram que fosse pautado o tema. O governador de São Paulo, Tarcísio [de Fretas], está aqui, na minha opinião, numa conduta que não é uma conduta do governado de SP, que devia ser uma conduta de respeito ao Supremo Tribunal Federal. Do julgamento histórico que deve levar à condenação do ex-presidente da República”, pontuou.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário Do Brasil