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A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela continua se deteriorando, com recentes eventos que têm gerado um clima de apreensão em Caracas.

O Palácio de Miraflores, residência oficial do ditador Nicolás Maduro, está sob uma pressão crescente após a destruição de uma segunda embarcação venezuelana pela marinha norte-americana no Mar do Caribe.

Essa ação, ocorrida na última segunda-feira, 15 de setembro, serve como um claro indicativo de que a pressão sobre o governo chavista não apenas persiste, mas intensifica-se a cada dia.

O presidente Donald Trump declarou que as embarcações de guerra dos EUA, posicionadas próximo às águas venezuelanas, têm como objetivo combater o tráfico de drogas.

Somente 12 dias atrás, uma lancha foi afundada com 11 pessoas a bordo, e o incidente mais recente envolveu outra embarcação com três indivíduos.

Segundo Trump, ambos os barcos estavam carregados com drogas ilegais, justificando assim as ações militares.

A administração Trump defende suas ações alegando que esses grupos envolvidos no tráfico são equiparados a organizações terroristas que ameaçam a segurança nacional dos EUA. Contudo, especialistas em direito consideram essa interpretação equivocada à luz da legalidade internacional.

Ameaça ao regime ou combate a drogas?

O sentimento predominante é que essa movimentação militar americana se configura como uma ameaça direta ao regime de Maduro.

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, corroborou essa perspectiva ao descrever Maduro como um “narcoditador” e líder do Cartel dos Soles, constatando ainda que ele se autoproclamou presidente em 2022 de modo fraudulento.

Nos últimos dias, circularam rumores sobre possíveis diálogos entre Jorge Rodríguez, principal conselheiro político de Maduro, e autoridades norte-americanas. No entanto, fontes próximas às negociações afirmam que tais conversas não estão ocorrendo.

Rubio tem insistido na necessidade de depor Maduro e submetê-lo à justiça nos EUA, onde ele enfrenta investigações por narcotráfico em dois tribunais diferentes.

Inicialmente, suas declarações eram vistas como meras ameaças retóricas; no entanto, o contexto atual conferiu nova gravidade a essas palavras.

O governo venezuelano, por sua vez, tem mobilizado tropas por todo o país e treinado milicianos para defender o regime ditatorial.

Fonte: O antagonista

Fonte: Diário Do Brasil

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Destruição de uma segunda embarcação amplia tensão entre EUA e Venezuela