Foto ilustrativa: Los Muertos Crew/Pexels
Nova regra da ANEEL impõe tarifas à energia solar. Uma das mudanças mais impactantes é a cobrança pelo uso da rede elétrica (tarifa fio B) mesmo para quem gera sua própria energia, o que afeta diretamente residências, comércios e pequenos produtores. Segundo a ABSOLAR, cerca de 80% dos projetos em fase de estudo podem se tornar inviáveis, devido à redução do retorno sobre investimento e ao aumento do tempo de amortização — especialmente em estados como o Ceará, onde o potencial solar é elevado, mas a renda média limita a capacidade de absorver custos adicionais.
Embora a ANEEL afirme que a medida busca equilibrar os custos da infraestrutura elétrica e garantir justiça tarifária entre consumidores, especialistas alertam para o risco de desaceleração na expansão da matriz energética limpa. O Brasil vinha crescendo em ritmo acelerado no setor solar, com mais de 2 milhões de sistemas instalados até 2025, mas pode perder competitividade frente a países que oferecem incentivos à energia renovável. Além disso, estudos técnicos apontam que a falta de dispositivos de proteção contra surtos elétricos (DPS) — exigidos pela norma — também tem gerado prejuízos e paralisações em sistemas fotovoltaicos. O setor pede revisão da norma e políticas públicas que estimulem a geração limpa, essencial para a transição energética e o combate às mudanças climáticas.
Fonte: Revista do Ceará
Fonte: Diário Do Brasil
