Foto: Reprodução/Redes sociais

Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou nesta terça, 30, documentos apreendidos em Gaza.

Segundo as autoridades israelenses, os papéis mostram o envolvimento direto do Hamas na organização e no financiamento da Global Sumud Flotilla.

A chancelaria afirmou que os documentos revelam “a cadeia de comando e o suporte financeiro” da operação e que “ativos-chave da flotilha pertencem e são controlados pelo Hamas”.

Um dos papéis é uma carta de 2021 assinada por Ismail Haniyeh, então chefe do bureau político do Hamas. No texto, ele endossa a Conferência Popular para os Palestinos no Exterior (PCPA), criada em 2018.

Israel classifica a PCPA como organização terrorista desde 2021. O governo afirma que a entidade funciona como fachada civil, atuando como representação diplomática do Hamas no exterior.

Outro documento lista ativistas da PCPA ligados diretamente às operações da flotilha. Entre eles está Zaher Birawi, apontado como responsável pelo setor do Hamas na PCPA no Reino Unido e organizador de expedições desde 2008.

Também aparece Saif Abu Kishk, ligado à PCPA na Espanha. Segundo Israel, ele dirige a empresa Cyber Neptune, dona de navios que participam do comboio.

O governo israelense sustenta que a liderança do Hamas no exterior organiza mobilizações internacionais, enquanto a base em Gaza responde pelas atividades locais.

A flotilha reúne cerca de 50 embarcações. Navios da Itália e da Espanha acompanham o trajeto no Mediterrâneo oriental. O governo grego informou que drones turcos monitoram o comboio.

Os organizadores recusaram a proposta de descarregar a ajuda em portos de Israel ou de Chipre. Eles insistem em atracar diretamente na Faixa de Gaza.

Israel disse que não permitirá acesso direto à costa. O país ofereceu rotas alternativas e insiste que a carga deve passar por inspeção de segurança.

Entre os participantes está a sueca Greta Thunberg. Diagnosticada como neurodivergente, ela é conhecida pela militância de causas de extrema-esquerda.

Desde a infância, Greta foi colocada pelos pais para defender publicamente causas radicais de esquerda. Essa exposição contou com apoio da imprensa progressista, que transformou a jovem neurodivergente em símbolo da militância socialista.

Em junho, Greta foi detida em alto-mar durante tentativa semelhante e deportada por Israel. Na ocasião, autoridades chamaram a embarcação de “iate de selfies”.

Israel e Egito mantêm restrições à Faixa de Gaza desde 2007. O objetivo, segundo os dois países, é impedir o contrabando de armas após a tomada do território pelo Hamas.

Em 2011, uma comissão da ONU reconheceu a legalidade do bloqueio marítimo.

O relatório, no entanto, criticou o uso da força na abordagem do navio Mavi Marmara em 2010. Organizações como a UN Watch lembram que a ONU tem histórico recente de oposição sistemática a Israel, com número desproporcional de resoluções e comissões voltadas contra o país.

Segundo o governo israelense, 48 pessoas continuam em cativeiro em Gaza. Dessas, aproximadamente 20 ainda estariam vivas.

O antagonista

Fonte: Diário Do Brasil

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