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Os casos recentes de mortes e internações em São Paulo por consumo de bebidas adulteradas com metanol revelaram um perigo adicional: os primeiros sinais da intoxicação podem ser confundidos com uma simples ressaca.
Segundo a Secretaria da Saúde, náusea, dor abdominal, tontura e visão turva são sintomas graves que exigem socorro imediato.
No episódio de 1º de setembro, quatro jovens passaram mal após consumir gin em uma adega na Cidade Dutra, na zona sul da capital.
Um deles, Rafael dos Anjos Martins Silva, permanece internado em estado irreversível. Inicialmente, ele acreditou que as reações eram efeito do álcool comum, até perder a visão de forma súbita.
O metanol, ao ser metabolizado, gera compostos tóxicos como formaldeído e ácido fórmico. Esses elementos atacam o sistema nervoso e podem provocar cegueira e morte mesmo em pequenas doses.
O tratamento hospitalar é baseado na administração de etanol, que compete com o metanol no fígado. Mas esse antídoto só funciona se aplicado nas primeiras horas após a ingestão.
Autoridades alertam que não há como distinguir a olho nu uma bebida adulterada. O metanol não altera sabor, cor ou cheiro. Por isso, a recomendação é consumir apenas produtos lacrados, com rótulo e selo fiscal. Doses servidas sem a garrafa visível aumentam o risco de contaminação.
A Associação Brasileira de Combate à Falsificação relaciona os envenenamentos recentes às apreensões de metanol do mercado clandestino de combustíveis. Investigações do Ministério Público indicam que parte desse estoque pode ter sido repassada a falsificadores de destilados.
O Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo orienta a população pelos telefones (11) 5012-5311 e 0800 771 3733.
A Secretaria da Saúde reforça que qualquer suspeita deve ser tratada como emergência, como no caso das vítimas já confirmadas em São Bernardo do Campo e na capital.
Fonte: O antagonista
Fonte: Diário Do Brasil