
REUTERS/Jorge Silva
Durante coletiva de imprensa realizada na noite desta quarta-feira, 29, ao lado do governador Cláudio Castro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, voltou a descartar a possibilidade de equiparação entre organizações criminosas e grupos terroristas.
A declaração ocorre em meio à repercussão da operação conduzida pelas forças estaduais do Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 100 criminososde ligados ao Comando Vermelho.
Segundo o ministro, a distinção entre os dois conceitos é clara e prevista em lei. “Uma coisa é terrorismo, outra são facções criminosas. O terrorismo envolve sempre uma nota ideológica, uma atuação política, repercussão social e fatores ideológicos. Já as facções criminosas são constituídas por grupos que sistematicamente praticam crimes previstos no Código Penal. É muito fácil identificar o que é uma facção criminosa. Já o terrorismo envolve uma avaliação mais subjetiva.”
Lewandowski afirmou ainda que o governo federal não avalia diretamente a operação, classificada como de responsabilidade exclusiva do estado do Rio de Janeiro. “Estamos acompanhando à distância, oferecendo ajuda naquilo que for possível. Temos uma posição que já foi externada várias vezes”, declarou.
A discussão sobre o enquadramento do Comando Vermelho como organização terrorista voltou ao centro do debate após a megaoperação. Há cerca de oito meses, o governo fluminense entregou ao governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, um relatório elaborado pela inteligência estadual com a alegação de que a facção atua como grupo terrorista com ramificações em solo norte-americano.
O documento propõe ampliar a cooperação com os Estados Unidos no combate à organização criminosa e solicitar a aplicação de sanções pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro dos EUA.
Fonte: Conexão Política
Fonte: Diário Do Brasil

 
 
																 
																