Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
A frase “não prometeu nada e entregou tudo” viralizou nas redes sociais nos últimos dias e se tornou o principal símbolo do apoio popular ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), após a megaoperação policial que desmantelou núcleos do Comando Vermelho em diversas comunidades da capital fluminense.
A ação, considerada uma das maiores dos últimos anos, resultou na morte de criminosos de alta periculosidade, na apreensão de armamentos pesados e na retomada de áreas que estavam sob domínio do tráfico há mais de uma década. Castro, que manteve silêncio durante a execução da operação, emergiu como uma figura de firmeza e liderança — algo raro no cenário político recente do país.
Nas redes, o governador foi alçado ao status de “herói nacional”, com milhares de mensagens de apoio e hashtags em defesa da atuação policial. A população enxergou na operação um gesto de coragem e enfrentamento direto ao crime organizado, algo que há muito tempo parecia impossível no Rio.
Enquanto isso, a esquerda ficou em completo descompasso com o sentimento popular. Algumas manifestações políticas acabaram agravando ainda mais o desgaste. Um episódio emblemático foi o de uma vereadora do PSOL que pediu um minuto de silêncio em homenagem aos traficantes mortos durante a operação — gesto amplamente criticado por internautas e por parlamentares de diferentes espectros ideológicos.
Outros militantes e influenciadores ligados à esquerda também fizeram publicações condenando a ação da polícia e defendendo os criminosos, o que provocou forte reação pública. O resultado foi um raro momento de união entre setores da direita e do centro político, que se colocaram em defesa das forças de segurança e elogiaram a postura firme do governador.
Em meio à crise de segurança que há décadas marca o estado, Cláudio Castro conseguiu transformar uma operação policial em um divisor de águas político, rompendo barreiras ideológicas e consolidando apoio popular.
Para muitos, a operação marcou o início de uma nova fase no combate ao crime no Rio de Janeiro — e colocou Castro, até então discreto no cenário nacional, como um dos nomes mais fortes da nova geração de líderes conservadores do país.
Por Júnior Melo
Fonte: Diário Do Brasil
