Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), participou neste sábado, 8, do jantar de abertura da 56ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil (Conib), realizado em São Paulo.

Durante discurso, o governador adotou um tom combativo e fez um paralelo entre o enfrentamento ao crime organizado e o combate ao terrorismo internacional. 

Não aceitaremos mais instituições narcoterroristas,e é isso que eles são: instituições narcoterroristas. Não aceitaremos mais que o Judiciário, com todo o respeito que eu tenho a ele, e o governo central apoiem terroristas.”

Castro afirmou ainda que sua gestão busca “um mundo mais seguro, mais fraterno, em que todos têm o direito de ir e vir salvaguardado”

Ele foi elogiado por aliados como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que classificou aOperação Contenção, conduzida em 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, “um sucesso sem civis atingidos”.

Críticas ao governo Lula

O evento da Conib reuniu outros governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Eduardo Leite (PSD-RS) e Caiado

Todos fizeram críticas ao governo Lula (PT), especialmente à decisão de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).

Tarcísio afirmou que o país vive “tempos sombrios” e defendeu que o Brasil retome sua relação estratégica com Israel. 

Não faz sentido que a visão ideológica leve a algo que nasceu para que ninguém esquecesse os horrores daqueles anos”, disse.

“Esse aí é um paspalhão”

Em meio ao aumento de sua projeção política, Castro também respondeu às críticas do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, que o acusou de fazer “demagogia com sangue” após a operação no Rio. 

Questionado sobre a fala do ministro, Castro ironizou: “Quem? Esse aí é um paspalhão”.

O governador afirmou que ainda avalia seu futuro político. 

“Ainda vamos entender o que realmente aconteceu com a avaliação do nosso governo. É preciso deixar esse processo decantar um pouco e aí tomar uma decisão”, disse.

Legitimidade de operação

O governo do Rio de Janeiro protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa da legalidade da Operação Contenção.

A justificativa foi endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, que atua temporariamente como relator da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas.

No documento, assinado pelo governador Cláudio Castro, o estado alega que a intervenção foi realizada “dentro dos parâmetros legais e constitucionais”, e que o “uso proporcional da força” era indispensável devido à ameaça imposta pela facção criminosa Comando Vermelho, em ação que resultou na morte de, pelo menos, 121 pessoas, entre as quais, 4 policiais.

Apesar das garantias de controle, um inquérito foi instaurado para investigar a remoção de corpos do local antes da chegada da perícia. O fato teria prejudicado a preservação do local da ocorrência.

O ministro Alexandre de Moraes, que se reuniu com Castro e outras autoridades para ouvir os esclarecimentos, determinou medidas rigorosas.
Atendendo a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), Moraes ordenou a preservação e a documentação completa de todos os elementos relacionados à operação. O despacho estipulou, ainda, a conservação das perícias e a manutenção das respectivas cadeias de custódia.

Com informações de O Antagonista 

Fonte: Diário Do Brasil

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Castro: “Não aceitaremos mais que Judiciário apoie terroristas”