REPRODUÇÃO CONEXÃO POLÍTICA

A reação da esquerda e de veículos alinhados ao governo Lula à fala do chanceler alemão, Friedrich Merz, transformou um comentário pontual em um cabo de guerra político no Brasil.

A declaração, feita em Berlim, em que Merz relata que nenhum jornalista alemão quis permanecer em Belém após viagem oficial, gerou imediata mobilização de parlamentares governistas, ativistas e setores da imprensa comprometidos com a defesa irrestrita do Palácio do Planalto.

Em vez silenciamento, respostas técnicas ou notas oficiais que buscassem administrar o desgaste, parte da base governista optou por ataques pessoais, questionando a postura do chanceler e criando uma narrativa de afronta à soberania nacional. A situação foi turbinara por grupos ideológicos que já tratam crítica internacional ao país como agressão política, deslocando a discussão de seu mérito e convertendo-a em instrumento de embate interno.

Diplomatas consultados em reserva afirmam que o Brasil perde a oportunidade de conduzir o assunto com profissionalismo e serenidade. A reação desproporcional, amplificada por setores da imprensa que atuam como extensão informal da comunicação governamental é, na prática, um clima de suscetibilidade pouco compatível com a posição de liderança que o país pretende exercer na COP30.

O Conexão Política ouviu alguns líderes partidários e nomes do mercado, que consideram que o tom hostil vindo do Planalto pode desaguar em mais uma crise institucional.

“Isso que aconteceu não é apenas um comentário de um chanceler estrangeiro. É o retrato do que o Brasil virou sob Lula. O país perdeu completamente a sobriedade diplomática. Qualquer crítica vira guerra ideológica. O governo não sabe reagir com maturidade, prefere criar inimigos imaginários e fazer barulho para agradar sua base. Isso preocupa muito”, disse um nome ligado à Faria Lima. “A esquerda transformou a fala do alemão numa batalha pessoal, como se estivéssemos diante de um ataque à honra nacional, quando na verdade o problema é a falta de preparo e a incapacidade de entender que o mundo enxerga nossas limitações”, respondeu outro.

 COM INFORMAÇÕES DE CONEXÃO POLÍTICA

Fonte: Diário Do Brasil

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Esquerda e imprensa alinhada ao governo transformam fala de chanceler em cabo de guerra e ataques pessoais