
Bruno Peres/Agência Brasil
A dívida pública brasileira chegou a R$ 10 trilhões em outubro, equivalente a 78,6% do PIB. O dado, divulgado pelo Banco Central, representa um avanço de 0,6 ponto percentual em relação a setembro, reforçando a tendência de alta no endividamento do país.
Mesmo com o superávit primário de R$ 36 bilhões registrado pelo governo central no mês — resultado que inclui INSS e Banco Central, mas exclui estatais — o quadro fiscal segue pressionado. Enquanto a receita líquida cresceu 4,5%, as despesas totais praticamente dobraram no período.
No acumulado do ano, o déficit primário atingiu R$ 63 bilhões, ultrapassando o valor registrado no mesmo intervalo de 2024. O montante também supera em mais de duas vezes a meta fiscal estipulada para 2025, de R$ 30 bilhões. O governo, porém, pode retirar desse cálculo algumas despesas, como o pagamento de precatórios e o reembolso a vítimas de fraudes no INSS.
O aumento da arrecadação está ligado principalmente ao crescimento das receitas de Imposto de Renda e IOF. Em contrapartida, os maiores gastos recaíram sobre despesas discricionárias da saúde e benefícios previdenciários, impulsionados pelo reajuste real do salário mínimo e pelo aumento do número de beneficiários.
A dívida bruta — que inclui os passivos de estados e municípios, além dos juros pagos para o governo se financiar — acumulou alta de 7 pontos percentuais desde janeiro. O indicador é considerado crucial por investidores para medir a saúde fiscal do país.
Fonte: @blogthalitamoema
Fonte: Diário Do Brasil
