
Reprodução CLICKPETROLEOEGAS
Na maior fazenda de vacas leiteiras do Brasil, a Fazenda Colorado combina carrossel de ordenha, bem-estar animal, genética A2A2 e gestão de precisão para sustentar volume alto com rotina padronizada.
Na maior fazenda de vacas leiteiras do Brasil, a Fazenda Colorado transforma a ordenha em uma operação de escala industrial, com carrossel de 72 postos e uma rotina que busca constância entre turnos. O resultado aparece no volume: são 2.400 vacas ordenhadas em cerca de seis horas, com produção acima de 100 mil litros por dia e média de 43 litros por vaca ao dia.
Por trás desses números, a fazenda aposta em pilares bem definidos para manter desempenho no dia a dia: ambiente controlado, nutrição ajustada, genética A2A2 e gestão de equipe com indicador na mão. O objetivo não é só produzir mais, mas produzir com rotina estável, qualidade e previsibilidade.
Ordenha em carrossel: ritmo, rotina e padronização por turno
O coração da operação é a sala de ordenha em formato de carrossel, com 72 postos e um fluxo constante de entrada e saída de animais. A fazenda trabalha com equipes enxutas por turno, divididas por função, do pré-dip à secagem, colocação do equipamento e pós-dip.
A lógica é simples e exigente: vaca gosta de rotina, e manter a mesma entrega de manhã, tarde e noite depende de treinamento, acompanhamento e alinhamento de procedimento. A Colorado reforça isso com reuniões, indicadores e monitoramento de velocidade e qualidade do leite.
Produção acima de 100 mil litros por dia e foco em constância
A Fazenda Colorado opera com produção diária acima de 100 mil litros e projeta picos ainda maiores em períodos específicos. A estratégia é não depender de “dias bons”, mas construir resultado com repetição de processo.
Esse ponto explica por que a fazenda trata a sala de ordenha como uma operação crítica: constância é mais difícil que volume, principalmente quando a meta é reduzir variações entre turmas e manter ‘qualidade’ estável.
Bem-estar animal com ambiência controlada e conforto real
A fazenda trabalha com um sistema de refrigeração por cross ventilation, com entrada de ar resfriado e exaustores puxando o fluxo para dentro do galpão. A proposta é melhorar a ambiência, especialmente quando o ar está mais seco, aumentando a eficiência do sistema e reduzindo o estresse térmico.
No manejo diário, conforto não fica no discurso. A operação observa cama, coxo, piso, ventilação e tranquilidade dos animais. O ambiente agradável ajuda a sustentar produção, porque o momento de maior eficiência acontece quando a vaca está deitada, descansando e ruminando.
Gestão de pessoas: dado, reunião e consistência de execução
A Colorado trata gestão de equipe como um pilar tão importante quanto nutrição e genética. Treinamentos e reuniões colocam o time em contato com o que acontece de fato, com indicadores de rotina, qualidade e eficiência.
O foco é reduzir distorções entre turnos e manter o padrão da operação. Sem gente treinada e engajada, a rotina quebra, e qualquer quebra de rotina tende a aparecer rápido em produção e qualidade.
Nutrição com mais tratos por dia e controle de qualidade das forragens
Para os lotes de alta produção, a fazenda aumenta a frequência de trato, chegando a seis tratos por dia. A lógica é manter comida mais acessível e reduzir oscilações de consumo, especialmente em períodos desafiadores.
Na formulação, entram silagem de milho, pré-secado, ingredientes energéticos e proteicos, minerais e aditivos conforme a fase. A fazenda faz análises frequentes de forragens, acompanhando matéria seca, fibra e digestibilidade, porque alimentação em escala grande não pode ser “no olho”.
Genética A2A2 e reprodução como alavanca de longo prazo
A fazenda trabalha com genética como ferramenta para elevar produtividade por animal e atender demanda de mercado. Dentro dessa estratégia, ganha destaque o leite A2A2, ligado à genética do animal e obtido por seleção e cruzamentos direcionados.
A Colorado também usa técnicas de reprodução, como coleta e implantação de embriões em animais escolhidos, buscando acelerar ganho genético e aumentar a proporção de fêmeas. Genética é o motor silencioso da escala, porque melhora o rebanho sem depender de aumentar instalações.
Higiene, água de reuso e sustentabilidade na rotina da fazenda
A limpeza dos corredores e pisos envolve um sistema de flushing, com uma “onda” de água que lava o piso e leva resíduos para separação entre sólidos e areia. Parte relevante dessa água é reaproveitada, reduzindo o uso de água limpa na limpeza.
A operação também separa materiais, faz compostagem e direciona frações para fertilização em áreas agrícolas. Sustentabilidade aqui é processo, não enfeite, porque está integrada na rotina de limpeza, reaproveitamento e manejo de dejetos.
Gestão de precisão: colares, sensores e decisões com base em comportamento
A fazenda usa tecnologia de monitoramento por colares, com coleta de dados sobre movimento, tempo no coxo, tempo de cama e sinais que ajudam a entender conforto e comportamento do lote. Esses dados alimentam relatórios que apoiam decisões de manejo e saúde.
O resultado é uma operação mais previsível, com capacidade de identificar desvios antes que virem problema grande. Gestão de precisão vira rotina quando o rebanho é grande, porque o detalhe faz diferença em escala.
Na sua opinião, o que mais explica a força da maior fazenda de vacas leiteiras do Brasil: bem-estar animal, genética A2A2 ou gestão de precisão na rotina diária?
VEJA VÍDEO:
com informações de Clickpetroleoegas
Fonte Diário Do Brasil
