A Comissão Processante (CP) que está apurando o pedido de cassação da vereadora Professora Daniela (PL), por suposta quebra de decoro, tem analises diferentes sobre o caso envolvendo a parlamentar.
Nesta segunda-feira, o relator da CP, o vereador Mário Coraíni Júnior (PTB), pediu o arquivamento da comissão processante. Além do parlamentar, a CP é composta pelos vereadores João do Bar (PP) e José Carlos Albuquerque (PSDB).
O vereador João do Bar também acompanhou o voto de Coraíni, mas Albuquerque é favorável a continuidade do processo e identifica quebra de decora na postura adotada pela Professora Daniela, sendo enquadrada como tráfico de influência.
O imbróglio é sobre a denúncia de um policial militar, o sargento Alan Fabrício Ferreira, afastado de sua função pela tenente coronel, Márcia Cristina Cristal Gomes, após guinchar o carro de um familiar da vereadora na noite do dia 16 de agosto.
Semanas depois, o sargento Alan Fabrício Ferreira foi incorporado novamente em sua função. Enquanto a tenente coronel Cristal continua afastada de licença do comando da Polícia Militar.
Para o vereador Mário Coraíni Junior, não existem provas de quebra de decoro na postura da parlamenta e as ações envolvendo especificamente os policiais devem ser discutidas pela própria corporação.
“Em nenhum momento a acusada pediu ou requereu intervenção ilegal usando o cargo de vereadora. Tão somente solicitou informações sobre como deveria proceder diante da situação de momento enfrentada. […] Não se encontra qualquer menção do uso do cargo de vereadora, não se caracterizando quebra de decoro”, escreveu o relator.
Apesar da divergência entre os relatores, é de responsabilidade do plenário do Legislativo o encaminhamento do pedido de cassação da vereadora. A discussão será feita na próxima sessão da Câmara Municipal, na segunda-feira, dia 5.