Apesar de ter começado a chover em alguns locais da Amazônia, o bioma continua sofrendo fortemente com o fogo neste início de outubro. Nos 13 primeiros dias, a região já registrou 9.736 focos de calor, número 24% superior a todos os focos registrados nos 31 dias do mesmo mês no ano passado.
Outubro do ano passado teve a menor número de focos do registro histórico para o mês, 7.855, resultado atribuído pelo governo federal pela ação das Forças Armadas na região, que assumiram a Operação Verde Brasil quando os incêndios tinham batido o recorde da década em agosto.
Neste ano, porém, os militares voltaram à região a partir de maio e têm tido pouco sucesso para conter o fogo. Os meses de junho e julho tiveram mais focos que os mesmos meses do ano passado. Agosto teve uma leve queda, mas em setembro as queimadas voltaram a explodir. Foram 32.017 focos no mês passado, ante 19.925 no mesmo mês de 2019. Alta de 60%, de acordo com dados compilados pelo Programa Queimadas, do Inpe.
No início do mês, em posicionamento sobre as queimadas de setembro, a assessoria de comunicação do vice-presidente Hamilton Mourão, que responde pelo Conselho da Amazônia, disse que “governo tem atuado apagando mais de 3000 focos de incêndio ao longo desse período, tanto no Pantanal quanto na Amazônia e que os número de focos de calor divulgados pelo Inpe, no Bioma Amazônia, foram inferior a média histórica”. Informou também que “não há o que se comemorar, mas demonstra progresso nos resultados das ações da Operação Verde Brasil 2”.
O total de focos registrados em setembro na Amazônia foi o maior desde 2010. O de agosto, foi o segundo maior também desde 2010.