Na edição desta semana, a revista britânica The Economist declarou apoio a Joe Biden na corrida pela presidência dos Estados Unidos. A poucos dias do pleito, a revista estampou em sua capa uma bandeira americana desgastada, com seu título em defesa do candidato democrata. No editorial, publicado nesta quinta-feira, 29, a revista diz que “o país que elegeu Donald Trump em 2016 estava infeliz e dividido”, e que “o país para o qual ele pede a reeleição está mais infeliz e dividido”. “Muito disso é obra de Trump, e sua vitória em 3 de novembro endossaria tudo”, diz o texto.
Nesse cenário, a publicação afirma que Joe Biden não seria uma “cura milagrosa” para as aflições da nação, mas sim “um bom homem que restauraria a estabilidade e a civilidade na Casa Branca”. “Ele está equipado para começar a longa e difícil tarefa de reconstruir um país dividido. É por isso que, se tivéssemos um voto, iria para Joe”, completa.
A revista critica políticas adotadas pela gestão republicana na Casa Branca, diz que o presidente promoveu cortes tributários de caráter regressivo (que prejudicam relativamente mais os mais pobres), prejudicou o meio ambiente com medidas de desregulamentação e separou “cruelmente” crianças migrantes de seus pais, entre outros.
O foco dos questionamentos, porém, é outro. “Nossa maior disputa com Trump é sobre algo mais fundamental”, diz a revista. “Nos últimos quatro anos, ele profanou repetidamente os valores, princípios e práticas que fizeram dos EUA um paraíso para seu próprio povo e um farol para o mundo”, segue o texto, que diz que não se pode acreditar em nada do que o presidente diz – e que ele “nunca procurou representar” os americanos que não votaram nele.
“O partidarismo e a mentira minam as normas e instituições”, diz a publicação, que também foca na crise do novo coronavírus. “Incapaz de ver além de sua própria reeleição, ele (Trump) continuou a deturpar a verdade evidente sobre a epidemia e suas consequências. O país tem muitos dos melhores cientistas do mundo. E também uma das taxas de mortalidade covid-19 mais altas”.
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