Com aproximadamente 80% da ocupação dos leitos de UTI para a Covid-19 na região de Marília, o Governo do Estado de São Paulo anunciou a regressão da região da fase laranja para a fase vermelha, a mais restritiva, provocando o fechamento, novamente, do comércio em geral, durante uma semana, com a 23ª classificação do Plano São Paulo de combate a pandemia. “Depois de um ano, voltamos a fase inicial do combate a pandemia”, lamentou a Secretária de Desenvolvimento, Patrícia Ellen, ao anunciar a nova condição que o Estado de São Paulo se coloca com 9% do estado na fase amarela, 76% na fase laranja e 15% na fase vermelha. “Seis regiões regrediram da fase amarela para a fase laranja”, anunciou o Governador do Estado, João Dória, em tom de preocupação. “Estamos nos aproximando do caos”, admitiu Adriano Luiz Martins, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília que não esperava a regressão.
De acordo com o anúncio realizado no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, uma nova regra de funcionamento das atividades na fase vermelha foi apresentada, com os serviços considerados essenciais especificando as áreas de: saúde, alimentação, restaurante e similares, abastecimento logística, serviços gerais, segurança, comunicação social e construção civil e indústria. “Além disso, foi assinado Decreto Estadual autorizando a fiscalização mais intensa por parte da Polícia Militar, Polícia Civil, Vigilância Sanitária e Procon, que formam uma força tarefa com maior poder de fiscalização, multas e prisões”, anunciou João Dória ao lembrar do “Toque de Restrição” que se prolongará até o dia 14 de Março. “Infelizmente a população não tem colaborado como deveria”, falou João Dória Júnior.
O presidente da associação comercial de Marília se mostra preocupado com a volta do comércio fechado em geral. “Muitas empresas não aguentarão outro fechamento”, anunciou ao prever mais encerramento de lojas e postos de trabalho, com a paralisação compulsória. “Algumas empresas estão conseguindo se manter com muitas dificuldades, mas muitas delas não aguentarão”, reforçou ao ser contrário a esse tipo de comportamento, punindo diretamente os comerciantes. “O problema não está no comércio, e sim nas aglomerações clandestinas”, tornou a reclamar ao esperar uma maior fiscalização e punição aos grupos que não estão respeitando os protocolos. “As emissoras de TV flagram constantemente esse tipo de comportamento que necessitam de medidas mais drásticas”, falou ao garantir que o comércio não é o foco da disseminação do vírus.
Adriano Luiz Martins torna a mostrar preocupação com a fiscalização em geral de atividades e aglomerações ilegais. “Temos que incentivar as denúncias de aglomerações clandestinas e aglomerações de pessoas em qualquer circunstância, que podem ser feitas na Ouvidoria do Município pelo telefone: 0800-7766-111 ou por e-mail: ouvidoria@marilia.sp.gov.br ou através de “whatsapp” 14-99799-6361. “Mas quem quiser, pode ligar para o 190 da Polícia Militar”, acrescentou ao lembrar que todo o comércio da cidade tem feito o papel de agentes de saúde com as fiscalizações dos protocolos de proteção, como são os casos do uso permanente das máscaras faciais, bem como a higienização pessoal e do local de atendimento, tão pouco o distanciamento necessário e a diminuição da lotação na loja. “E sempre oferecendo o álcool e em alguns lugares até a máscara facial, sempre dentro das limitações exigidas pelos protocolos”, disse o dirigente de Marília preocupado com as ocupações dos leitos.

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Marília regride e comércio volta a fechar por uma semana