Quem tem papada sabe: ela é aquela companheira incômoda que aparece nas fotos e vira o centro das atenções do nosso rosto. Para eliminar a papada, essa gordurinha na região do queixo e maxilar, muita gente apela para a lipoaspiração ou harmonização facial, uma das febres estéticas do momento. Existem, no entanto, técnicas não-invasivas e menos radicais para melhorar a aparência.
A papada pode surgir por diferentes motivos e não apenas pelo excesso de peso, como a maioria das pessoas imaginam. Outras causas muito comuns são o excesso de pele e a flacidez muscular na região. Para quem possui esse problema é importante entender que o método de tratamento depende da causa e do grau de intensidade, por isso uma avaliação profissional é sempre indicada.
Daniela Righi, dermatologista da Clínica Leger, explica que existem quatro tipos de papadas, as de gordura, encontradas em pessoas obesas ou com sobrepeso; as de flacidez, comum em pacientes que tiveram uma perda de peso acentuada ou pelo envelhecimento e perda de colágeno; as mistas, quando há flacidez e gordura juntas e as anatômicas, onde a configuração da face e falta de projeção do queixo dão impressão que existe uma papada.
“As papadas que têm indicação de tratamento são as de gordura, flacidez e mistas. As anatômicas costumam não responder aos tratamentos. Estas intervenções podem ser feitas geralmente por qualquer pessoa e possuem poucas restrições, ou seja, não necessitam de afastamento das atividades do cotidiano”, ressalta a médica.
Entre os tratamentos mais procurados e realizados atualmente, Daniela Righi explica a atuação e indicação de cada um.
• Ultrassom micro e macrofocado: pode tratar as papadas mistas e por flacidez. Este tratamento pode ser feito em uma ou duas sessões.
• Criolipólise ou coolsculpting: trata a gordura localizada na papada, destruindo as células de gordura que não retornam novamente. Também melhora também a flacidez pelo estimulo da produção de fibroblastos. Geralmente uma sessão costuma trazer resultados satisfatórios.
• Radiofrequencia: melhora a flacidez, sendo necessárias de oito a dez sessões para um bom resultado. Neste procedimento é utilizado o aparelho Freeze, que produz aumento na produção de colágeno, com aquecimento controlado da região a ser tratada.
• Lipo enzimática: trata a flacidez da papada pela injeção de enzimas que destroem as células de gordura. Pode causar desconforto e edema nos primeiros dias após a aplicação. São indicadas de quatro a seis sessões para um bom resultado.
• Fios de sustentação: devem ser utilizados em associação com outras técnicas e ajudam na flacidez melhorando o contorno da face.
• Toxina botulínica: age reduzindo a tensão do músculo do pescoço, que puxa a pele para baixo. Oferece melhores resultados se combinado com outras técnicas.
• Tratamento cirúrgico: podemos destacar a lipoaspiração de papada, cirurgia plástica (lifting) que remove o excesso de pele.
Seja qual for o tratamento escolhido pelo paciente, a médica alerta: “para evitar o surgimento da papada é recomendado evitar o efeito sanfona, porque o mesmo favorece o surgimento da flacidez. Além disso, usar sempre o filtro solar, porque ele protege o colágeno da pele evitando o seu desgaste”.

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Dermatologista fala da prevenção e redução do problema