Há anos o cidadão mariliense solicita o início da coleta seletiva no município e esta administração está quebrando mais este tabu, onde, em parceria com cooperativas e associações de catadores, vem instalando Locais de Entregas Voluntárias – LEV’s – nas principais ruas e avenidas da cidade, conforme orienta a Lei 7851/2015, iniciando o trabalho de educação ambiental para aos poucos, após esta conscientização, implantar a coleta seletiva de porta em porta.
Segundo o chefe do meio ambiente, Cassiano Rodrigues Leite, este trabalho de educação ambiental é importante para conscientização sobre a coleta seletiva na cidade, em promoção à sustentabilidade e educação ambiental junto à população.
“Através deste trabalho, estamos alicerçando o tripé da sustentabilidade sobre o tema “coleta seletiva”, que envolve o econômico, o social e o ambiental. Incentivamos a reciclagem, promovemos a inclusão social de catadores, gerando rendas a estas famílias, e como consequência, aquecemos a economia local. Este trabalho precisa ser desenvolvido aos poucos, avançando gradativamente para que as pessoas entendam a importância em segregar os materiais e entregar voluntariamente aos catadores todo resíduo passível de reciclagem, evitando a extração de novos insumos diretamente do meio ambiente, colaborando com a preservação do nosso planeta”, disse Cassiano.
Ademar Aparecido de Jesus, presidente da EcoEstação, relata que estes trabalhos estão apenas em seu início, onde, infelizmente, muitos ainda não colaboram e outros não separam adequadamente os materiais passíveis de reciclagem.
“Temos 13 ecopontos instalados pela cidade e pretendemos chegar a 100 unidades, o que permitirá expandir a coleta seletiva através desta modalidade em todos os bairros. Porém, alguns cidadãos estão descartando lixo domiciliar e resíduos não recicláveis nos ecopontos, contaminando todo material depositado nestes locais, e atrapalhando o processo de coleta seletiva, onde perdemos muito tempo separando estes resíduos orgânicos e sobras de construção dos materiais recicláveis, comprometendo nosso cronograma de trabalho. A unidade da avenida Brigadeiro Eduardo Gomes e a unidade da rua Clemente Ferreira, na zona leste, são as que mais apresentam estes problemas, onde além de não aproveitarmos estes materiais para reciclagem, ainda perdemos muito tempo limpando estes ecopontos. Para se ter uma ideia, no Ecoponto da Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, em apenas um dia, tiramos nove sacos de 100 litros de lixo não reciclável. Em cada ponto de entrega, identificamos os materiais que coletamos, ou seja, plásticos, metais, vidros e papéis. Os demais itens, como sobras de alimentos, cerâmicas, madeiras e resíduos da construção civil não são coletados por nós. Para que a população tenha uma noção, infelizmente já encontramos absorventes e fraldas descartadas em nossos ecopontos. A população mariliense precisa entender que o planeta necessita de ações ambientais e uma das mais importantes é a reciclagem, que evita a extração de novos insumos direto do meio ambiente, reduzindo impactos negativos no planeta.
Precisamos somar esforços para reverter este quadro e termos um meio ambiente saudável e equilibrado, permitindo que as gerações futuras recebam um planeta em condições de ser habitado. Estamos solicitando as filmagens dos estabelecimentos comerciais e residências próximas a estes ecopontos para identificarmos aqueles que estão descartando materiais não recicláveis e tentarmos orientá-los sobre a importância em separar em casa os resíduos a serem entregues aos catadores, e os demais materiais serem destinados de forma correta, segundo suas espécies”, afirmou o presidente da EcoEstação.
“Marília possui 100% do esgoto tratado, caminha para arborização em níveis ideais para compensação do carbono, está protegendo suas nascentes através do Projeto Nascentes, que identificou e está preservando 1.448 olhos d’água, e, através do projeto EcoEstação, inicia a coleta seletiva na cidade, apenas para citar alguns exemplos de ações ambientais que estão sendo desenvolvidas no município. A participação popular é essencial para o sucesso de cada projeto, no intuito de termos uma cidade saudável e em equilíbrio”, acrescentou o secretário municipal do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Vanderlei Dolce. Informações e orientações sobre o Projeto EcoEstação poderão ser obtidas através dos telefones 3408-6700, (14) 99671-4562, (14) 99777-0288 e (14) 99862-1664.

Lixo comum está sendo descartado nos ecopontos, comprometendo o trabalho realizado pelos catadores de materiais recicláveis
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Associação EcoEstação alerta sobre descartes incorretos em ecopontos para recicláveis