A frustração provocada pelo sentimento de rejeição pode trazer sérios problemas para a saúde física e mental. Por outro lado, ela pode ser o impulso para uma mudança de vida, pondera o neurocientista Fabiano de Abreu.
Sofrer uma rejeição certamente não causa os melhores sentimentos. Além de alimentar uma extrema frustração, a dor causada por esta situação pode causar sérios problemas à saúde física e mental. No entanto, conforme revela o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Dr. Fabiano de Abreu, esta situação pode ser observada por um outro prisma, como algo benéfico: “Isso não é o fim do mundo! É só a vida te livrando de dores maiores!”
Para o neurocientista, este conceito se aplica na vida profissional e sentimental. Ainda mais quando a experiência desta dor pode causar impactos tão negativos que a pessoa quer evitá-los de sentir novamente: “Cada um de nós carrega sua própria história e sabe onde estão os “furos no casco”, por isso, tememos um novo naufrágio. Mas o passado recheado de história, nos confere uma posse. Possuímos experiência, que nos garante maturidade e sabedoria. Para cada naufrágio sem colete salva-vidas, sentimos que a vida nos escapou, mas basta que entremos no barco munidos desse tal colete (amor-próprio), que mesmo que ele naufrague, uma nova embarcação com novo destino aparece”.
Sabe aquele ditado “antes só do que mal acompanhado”? Para Fabiano, ele exemplifica essa maneira de evitar essas dores mais profundas: “Se em algum momento da vida a dois, esse elo se transformar em nó, desate e siga só. Agradeça a companhia, o compartilhamento do momento, o aprendizado que essa relação proporcionou. Mas não insista, nada floresce em terra arrasada pela dor”. Além disso, “a frustração provocada pela rejeição é a certeza de que você se reconhece merecedor de algo muito melhor”, acrescenta Abreu.
Por outro lado, Fabiano adverte: “É importante resolver suas questões emocionais para não arrastar conteúdos negativos e traumatizantes para os próximos relacionamentos ou objetivos que você deseja realizar. Reproduzindo modelos antigos e adoecidos, por negação de si e projeção no outro”.
E como fazer isso? Ele aconselha: “Compreenda a sua participação em cada situação. Entenda que não é pessoal, aceite que existirão outras oportunidades daqui para frente e faça escolhas melhores. Identifique e modifique seus padrões, pois essa rejeição pode ser a sua grande oportunidade de recomeçar olhando para você, para as suas necessidades, e assim, alcançar coisas muito melhores. A rejeição não determina quem você é, mas a forma como você lida com ela pode te levar a um lugar de dor ou de amor-próprio, você decide onde ficar. Descubra quem você é. saiba perfeitamente quem você merece ao seu lado e como administrar essas rejeições de uma maneira mais leve e feliz”, completa.
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