A Associação Cristã da Nigéria (CAN, sigla em inglês) confirmou que a Igreja Batista Emmanuel em Kakau Daji, estado de Kaduna, foi invadida durante o culto no último domingo. Uma pessoa foi morta e outras 100 foram sequestrados por criminosos. Durante a ação, os cristãos não conseguiram pedir ajuda por telefone porque os serviços de telecomunicações no estado estavam paralisados.
Apesar do governo nigeriano afirmar que o nível de segurança no país está melhor, o presidente da CAN de Kaduna, reverendo Joseph Hayab, testemunhou a piora da violência na Nigéria: “Estamos seriamente preocupados agora. Homens armados estão se aproximando gradualmente de Sabon Tashan, distante três km do local onde aconteceu a invasão da igreja”.
Segundo a associação cristã, os sequestradores entraram em contato com a família de uma vítima e exigiram um valor maior para o resgate, já que tiveram que ir a um local mais distante, onde as comunicações não estavam funcionando.
“Este sequestro é um exemplo chocante da audácia dos chamados bandidos e da impunidade que está aumentando, aparentemente sem limites na Nigéria”, comentou o porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana. “O governo está falhando com os cidadãos e criando um terreno fértil para o extremismo. Pedimos a igreja global que permaneça em oração fervorosa pela libertação dos cristãos e que o Senhor use a situação para trazer um avanço neste assunto. Ore pela proteção do Senhor sobre nossos irmãos e para que eles experimentem a paz de Jesus”, completa.
Números da violência
Os altos níveis de violência são principalmente devido a agenda de expansão islâmica. Com isso, na região, mais de 2,6 mil cristãos foram mortos, sendo mais da metade deles apenas na Nigéria. Além disso, mais de 7,5 mil sofreram ferimentos físicos e mentais, mais de 2,2 mil casas e outras propriedades de cristãos foram destruídas; mais de 1,7 mil lojas de cristãos foram atacadas; pelo menos 729 cristãos foram sequestrados; mais de 2 mil mulheres cristãs enfrentaram violência sexual e aproximadamente 300 foram forçadas a se casar. Quanto às igrejas, mais de 3,4 mil foram atacadas