Puxados pelos EUA, que registraram ontem 25 mil novos casos, o mundo ultrapassou a marca de 1 milhão de pessoas contaminadas com coronavírus, com mais de 50 mil mortos. Os americanos representam um quarto do total global de infecções. No entanto, para o país mais rico do mundo, o pior ainda está por vir, segundo previsões da Casa Branca.
Os EUA não terão leitos hospitalares e UTIs suficientes para atender todos os infectados. Segundo os dados, que tem sido usado pela Casa Branca, o pico da pandemia no país será atingido no próximo dia 15, com 262 mil americanos precisando de internação. Com a capacidade de atendimento atual, um terço (87,6 mil) ficará sem lugar nos hospitais.
O número de UTIs também não será suficiente. Pelo modelo estatístico, que é atualizado diariamente, os EUA precisarão de 39,7 mil unidades, 19,8 mil além da quantidade disponível. Isso significa que os médicos não poderão colocar na UTI quase metade dos pacientes.
O dia seguinte, 16 de abril, será o pior em número de mortes: 2 644 em todo o país, com uma variação que fica entre 1.216, no melhor cenário, e 4.136, no pior.
O Estado de Nova York tem sido o foco do problema até agora. A previsão do estudo é de que o maior número de mortes em um mesmo dia no Estado seja registrado antes do pior cenário nacional, em 10 de abril, com 855 óbitos em 24 horas. No pior cenário, o número pode chegar a 1.090.