O final de ano chegou e você não vê a hora de viajar. Mas como fica o seu animalzinho de estimação? Confira as dicas da médica-veterinária Renata Borghetti Bedore para que esse momento transcorra com tranquilidade.
 
 
PET EM CASA
A médica-veterinária aconselha que o melhor cenário para essa viagem é que o animal permaneça em seu ambiente domiciliar. “Se possível, o mais adequado é que o animal fique em sua própria casa, desde que o proprietário tenha alguém de confiança que realmente visite o local diariamente. Assim o animal só precisa lidar com a ausência do dono e não com o estresse da troca de ambiente. Principalmente gatos, que são muito mais territorialistas do que os cães”, alerta.
Contudo, alguns cuidados devem ser tomados por quem fica responsável. “Não se pode deixar ração para vários dias. Essa ração poderá fermentar e causar problemas para o animal, além de ter contato com moscas e formigas. É preciso que essa visita ocorra, no mínimo, uma vez ao dia”.
É preciso observar ainda se o animal está comendo e bebendo água, pois muitos podem fazer jejum quando os proprietários saem de casa. “Se há mais do que um animal na casa, especialmente gatos, é importante permanecer por algum tempo e verificar se todos estão comendo, porque a privação de alimento pode trazer consequências graves”.
Outra dica importante é deixar um veterinário de sobreaviso e notificar o cuidador para que seja contatado se houver qualquer intercorrência.
 
PET EM HOSPEDAGEM
Caso a opção seja por deixar o pet em hotel ou na casa de amigos, é preciso ter atenção especial com a estrutura do local, verificando se há pontos de fuga. O espaço deverá ser telado, no caso de gatos, e ter difícil acesso ao portão, no caso de cães também. “A tendência é que o animal tente escapar para retornar para sua casa. Todo cuidado é pouco, já que nesse período do ano aumenta muito o número de fugas e animais desaparecidos”.
Seja qual for o ambiente escolhido para que permaneça em sua ausência, é importante, para sua segurança, do animal e dos outros que dividirão o espaço com ele, que ele esteja com a carteira de vacinação em dia, controle de pulgas, carrapatos e vermes atualizado e controle de leishmaniose, evitando que se contagie ou transmita doenças para os colegas de hospedagem.
“Quando o animal está sobre a custódia de outra pessoa, é preciso saber que imprevistos podem acontecer, como um mal súbito ou a agravação de uma condição de saúde desconhecida ou já estabelecida, uma vez que ele está submetido a uma situação de estresse. Essas ocorrências não são culpa de quem está cuidando. É preciso estar ciente disso”, destaca a médica-veterinária.
 
PET NA VIAGEM
Quando o animal vai viajar com o dono, o primeiro passo é verificar qual será o transporte – carro, ônibus ou avião – e verificar as regras da empresa para tal. “Em geral, quando vamos atravessar o Estado, é preciso estar com a carteirinha de vacinação em dia e atestado de saúde feito pelo médico veterinário. A polícia poderá exigir essa documentação. Mas, em todo caso, é importante ter a carteira de vacinação, o contato de seu veterinário para uma orientação de emergência e também observar a região da viagem, com atenção às doenças comuns na área. No litoral, por exemplo, a dirofilariose é muito mais comum do que no interior, por isso é preciso prevenir”.
No entanto, nenhuma dessas medidas deve ser tomada de véspera, pois a prevenção poderá ser ineficiente. “É preciso se planejar com antecedência para preparar documentos em tempo hábil e também obter a máxima proteção das vacinas, por exemplo”, alerta Renata..
Outros pontos que merecem atenção são a ansiedade e a náusea. “Alguns animais viajam sem nenhum problema; outros podem apresentar reações. Portanto é importante saber qual é o comportamento do animal para realizar um tratamento preventivo, com antiemético e até mesmo sedação. Se a viagem é longa, é preciso lembrar ainda de para que o animal faça suas necessidades, tome água e evite a alimentação, exatamente para prevenir as náuseas”.
Também é preciso estar atento a equipamentos de segurança, no caso de viagem de carro, como adaptadores de cinto e cadeirinha, que podem ser necessários para conter o animal e resguardar a segurança de todos os ocupantes do veículo.
Chegando ao destino, reserve um tempo para que o animal possa se ambientar e verifique se o espaço é seguro para ele, pois num ambiente estranho as chances de fuga podem aumentar.
“É preciso que sempre se avalie o benefício de levar seu animalzinho junto na viagem, pois se ele passará a maior parte do dia sozinho, isso não será benéfico para ele. Além de estar sem o dono, estará fora de seu ambiente. É preciso pesar o que é menos estressante e o que será melhor para o bem-estar do seu animal”.
 
SAIBA MAIS
A médica veterinária Renata Borghetti Bedore (CRMV 10.070) atende na Clínica Veterinária Planeta Animal, na Rua Sorocaba, 91. Entre em contato pelos telefones (14) 3433-5656 ou (14) 3432-5018.

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