O programa GloboNews Mais, da GloboNews, comentou nesta quarta-feira (6) a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular as provas obtidas por meio do acordo de leniência entre a Odebrecht e a Operação Lava Jato.

Para analisar o caso, a produção do programa convidou o jurista Lenio Streck, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que participou de uma partida de futebol ao lado do petista vestindo uma camisa com a sigla CCCP.

A sigla está em cirílico e significa União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. As iniciais eram usadas no uniforme da seleção de futebol da URSS na década de 60.

No programa, Lenio criticou a Lava Jato e defendeu a visão de Toffoli.

– A Lava Jato foi uma operação em que o Brasil andou num estado de exceção, um estado de coisas inconstitucionais. (…) O que o ministro Toffoli está fazendo, e eu entendo a grita geral, com acusações ao ministro, é colocar uma pá de cal. O que ele está dizendo é tudo o que nós já sabíamos – disse ele.

O QUE DIZIAM ANTES ALGUNS MINISTROS DO STF

“Para mim, a Lava Jato não representa uma operação específica, mas o despertar de uma nova consciência e uma mudança de mentalidade. A sociedade deixou de aceitar o inaceitável. Subitamente, redescobriu-se o óbvio: não é legítima a apropriação privada do Estado e é crime o desvio de dinheiro público”, disse ao Estadão o ministro Luís Roberto Barroso, que segue sendo um dos principais defensores da Lava Jato no STF.

Barroso acrescentou: “Como tudo o que é humano, é possível encontrar erros na operação. Porém, é impossível exagerar a importância de se ter revelado ao País o quadro amplo de corrupção estrutural, sistêmica e institucionalizada que nos atrasa na história. Não é singela a luta para desnaturalizar as coisas erradas no Brasil.” (2021)

GILMAR MENDES

Gilmar Mendes: PT instalou uma ‘cleptocracia’ no país

O globo, n. 29993, 19/09/2015. País, p. 4

O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ontem que o PT tinha “um plano perfeito” para se “eternizar no poder”, interrompido pela Operação Lava-Jato.

— A Lava-Jato estragou tudo. Evidente que a Lava-Jato não estava nos planos porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos — afirmou.

O ministro participou em São Paulo de um seminário na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ao lado do presidente da entidade, Paulo Skaf (PMDB).

‘DINHEIRO ATÉ 2038’

Para ele, que foi derrotado na votação do STF pelo fim do financiamento privado de campanha, o PT é contra esse modelo porque, com as verbas desviadas da Petrobras, “tem dinheiro para disputar a eleição até 2038” e “deixaria uns caraminguás para os demais partidos”.

— Era uma forma fácil de se eternizar no poder. Pelas contas do novo orçamento da Petrobras, R$ 6,8 bilhões foram destinados à propina. Se um terço disso foi para o partido, eles têm algo em torno de R$ 2 bilhões de reais em caixa. Era fácil disputar eleição com isso.

Para o magistrado, o esquema revelado pela Operação Lava-Jato mostrou que foi instalado no país uma “cleptocracia”, que significa um Estado governado por ladrões.

— Na verdade, o que se instalou no país nesses últimos anos e está sendo revelado na Lava-Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece um nome claro de cleptocracia. Veja o que fizeram com a Petrobras. Eles tinham se tornado donos da Petrobras. Infelizmente para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado — disse o ministro.

Fora as condenações de Lula terem sido confirmada em outras 3 instâncias superiores a Curitiba. O que será que provocou tamta mundança. 

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