O presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Marília, Adriano Luiz Martins, participou em São Paulo de reunião com o secretário adjunto da Secretaria Estadual do Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Rubens Cury, no sentido de reforçar o desejo de não haver tantas praças de pedágios no entorno da cidade de Marília, e mostrando o impacto econômico e social que esse isolamento causará para o município.
“Essa quantidade de pedágio será muito bom para o Estado mas prejudicial para a nossa região”, resumiu o dirigente da associação comercial mariliense que reforçou a comitiva regional que contou com vereadores das cidades de Marília, Garça, Duartina, Bauru e Vera Cruz. “Não devemos aceitar esta imposição de maneira passiva, sem justificar o quanto isso prejudicará nossa região”, reforçou o dirigente mariliense.
TUDO DECIDIDO?
De acordo com Adriano Luiz Martins o secretário adjunto recepcionou a todos de forma elegante e cortês, porém, não mostrou qualquer tipo de sinalização de recuo por parte do Governo do Estado de São Paulo. “A impressão que se dá de que tudo já está sacramentado”, lamentou o presidente da associação comercial que esteve ao lado dos vereadores marilienses: Marcos Santana Rezende, Luiz Eduardo Nardi, Danilo Augusto Bigeschi e Wilson Damasceno.
“Vamos continuar pleiteando uma audiência com o Governador do Estado, João Dória, no sentido de dialogar um meio termo que seja bom e necessário para todos”, defendeu Adriano Luiz Martins que entregou um documento ao secretário adjunto mostrando o impacto financeiro que os pedágios causarão em aproximadamente 50 mil famílias envolvidas de forma direta.
PRAÇAS
Por outro lado, segundo o presidente da Acim, Rubens Cury, disse que é possível estudar algumas questões apresentadas pela comitiva regional como mudar o local de uma das praças de pedágio entre Marília e Garça; criação de uma via marginal no contorno de Marília próximo a Nóbrega; viaduto próximo a cidade de Vera Cruz e a não construção de pedágio entre Marília e Garça.
“São sugestões plausíveis que merecem estudos e que impactaria menos negativamente esta ação do Governo do Estado”, comentou Adriano Luiz Martins que tem outras ideias neste sentido, mesmo defendendo a não criação das praças. “Havendo tanto pedágio assim, em qualquer lado que queira entrar na cidade será preciso pagar”, falou em tom de preocupação, pois, isso vai encarecer o transporte rodoviário em todos os sentidos.
DEBATE
Mais encontros sobre a criação das praças de pedágios na SP 294 serão realizados, seja por parte da Câmara Municipal ou pela Associação Comercial e Industrial de Marília. “Esse debate deve acontecer de forma local e regional, afinal, afetará a todos”, defende Adriano Luiz Martins que acredita na conscientização popular como forma de iniciar uma negociação com o Governo do Estado de São Paulo.
“Entre as lideranças já foi feito o que é possível. Agora a população é quem deve se manifestar, antes das obras começarem”, alertou ao mostrar preocupação com a passividade popular que não terá muito o que fazer, depois que as máquinas estiverem trabalhando. “O momento de dialogar é agora”, frisou. “Depois que as obras começarem nada poderá ser feito”, acredita o dirigente da Acim.