Satélite permite medir a ocorrência e intensidade de qualquer tipo de chuva ao redor do mundo, incluindo oceanos e outros espaços inóspitos
Cientistas da Administração Meteorológica da China desenvolveram um novo satélite que promete revolucionar o setor. O equipamento é capaz de medir a precipitação da Terra com precisão diretamente do espaço.
Medições feitas diretamente do espaço
- Esta é a primeira de duas missões projetadas pelos cientistas chineses.
- O objetivo é conseguir medir a ocorrência e intensidade de qualquer tipo de chuva ao redor do mundo, incluindo oceanos e outros espaços inóspitos e que não possuem estações de monitoramento.
- A nova tecnologia foi descrita no Journal of Remote Sensing.
- As informações são da Phys.org.
Tecnologia pode criar uma imagem 3D da chuva em queda
O satélite FY-3G é projetado para avaliar a forma tridimensional (3D) da chuva e outras precipitações para sistemas meteorológicos nas latitudes médias e baixas da Terra.
Ele também pode cooperar com o satélite Global Position Measurement (GPM) em órbita para melhorar a capacidade dos cientistas de estudar a estrutura e o mecanismo da precipitação global, bem como realizar pesquisas sobre o ciclo da água.
A tecnologia tem a capacidade de medir nuvens, precipitação e perfis atmosféricos com o complemento de instrumentos de sensoriamento remoto embutidos no satélite.
O radar de medição de precipitação por sensoriamento remoto ativo (PMR) permite a detecção de diferentes intensidades de chuva. Já o instrumento de imagem óptica auxilia na medição de nuvens e precipitação para facilitar a medição de precipitação em baixa órbita e a estimativa de precipitação infravermelha de alta órbita.
O instrumento GNOS-II, também incluído no satélite, usa variações nos dados do sistema global de navegação por satélite (GNSS) para medir com precisão a temperatura, umidade e velocidade da superfície do mar a partir do espaço.
Mas a principal ferramenta do FY-3G é o radar de medição de precipitação ativo PMR, que cria uma renderização 3D da precipitação em queda. Os dados coletados pelo instrumento podem então ser usados para calcular a intensidade e o tipo de precipitação, melhorando a precisão das medições feitas do espaço.
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi