Infelizmente Marília se destaca negativamente no cenário da dengue. Com 6 mortes confirmadas até ontem, a cidade, de 237 mil habitantes, concentra alto percentual das mortes por dengue do Estado de São Paulo, que soma 116 mortes e conta com 46 milhões de habitantes.

O índice de mortes por dengue em Marília até 12/03 em relação à população foi de 0,002%. Este mesmo índice aplicado à população do Estado de São Paulo, que é de 46 milhões de pessoas, o estado teria até a referida data, 970 mortes, o que seria um absurdo e colocaria a população em pânico. 

Essa comparação matemática dá a exata dimensão do problema na nossa cidade e mostra o quanto as ações de combate à doença em MARÍLIA precisam ser mais efetivas, tanto por parte do Poder Público (que é o principal responsável pelas ações de prevenção e orientação), quanto pela população, que também precisa praticar no dia a dia os atos de limpeza de seus imóveis, sejam eles residenciais ou não.

Neste sentido a MATRA encaminhou dois requerimentos à Prefeitura, com pedidos de informações sobre as ações de combate à dengue no Município.

Em resposta a Prefeitura informou que os Agentes de Controle de Endemias já fizeram, desde o início do ano, mais de 34.700 visitas em imóveis para controle dos focos de reprodução do mosquito Aedes Aegypti, além de campanhas educativas em jornais, emissoras de rádio, TV e sites de internet.

Mas a Administração Municipal “se enrolou” ao tentar justificar o motivo de ainda existirem imóveis abandonados ou desocupados, inclusive com piscinas em situação precária, sem tratamento, onde, segundo informações recebidas pela MATRA, os agentes de saúde não ingressam e o mosquito encontra facilidade para se reproduzir, mesmo existindo uma Lei Federal e outra Municipal, que garantem o ingresso forçado em propriedades para eliminação de focos do mosquito.

É em momentos assim que o Poder Público precisa ser inovador, criativo. Citamos o exemplo da Prefeitura de Chapecó, em Santa Catarina, que foi divulgado recentemente pela imprensa, onde a Prefeitura passou a utilizar um drone para fazer a pulverização de inseticida em áreas de difícil acesso.

Uma publicação no site oficial da Prefeitura de lá mostra imagens dos flagrantes registrados (veja o material no final do texto).

Não por acaso, Chapecó que tem cerca de 254 mil habitantes, contabiliza 200 casos de dengue e não registrou nenhuma morte pela doença este ano (em Marília já são 2.477 casos confirmados, com 6 mortes pela doença).

Esse é um exemplo de como o Poder Público deve agir PREVENTIVAMENTE e também inovando, antes que a situação saia do controle.

Enquanto cobramos medidas mais eficazes no combate à dengue em Marília, fique atento cidadão e FAÇA VOCÊ TAMBÉM A SUA PARTE, ELIMINANDO TODOS OS RECIPIENTES QUE POSSAM ACUMULAR ÁGUA.

CAOS NOS HOSPITAIS

Enquando o prefeito Danidengue Alonso que gastar mais de R$ 10 milhões em arrumar vicinal, fazer ciclovia e construir o Parque dos Dinossauros, entre outras pracinhas, a cidade fica abandonada em entrutura para evitar mortes por dengue.

Os pacientes precisam ser hidratados com soro, basicamente, para evitar a morte ou passar tão mal. Principalmente os idosos. Porém, a conduta nos prontos-socorros dos hospitais da cidade é de que o paciente volte por cinco dias para o soro.

E o Ministério da Saúde mudou a prática, alterando de 2 para 4 horas a aplicação de soro em cada paciente. Na linguagem genérica, se usa o termo “correr o soro agora só em 4 horas”. Fora isso, surgem diariamente os novos casos, o que tem superlotado hospitais da cidade que ficam de mãos atadas. Isso porque precisam atender outras urgências nas mais diversas doenças, acidentes, infartos, etc.

HOSPITAL DE CAMPANHA NO GINÁSIO DE ESPORTES

Ao invés de Parque dos Dinossauros, ciclovias e pracinhas, o prefeito Danidengue Alonso poderia instalar nessa fase de epidemia um hospital de campanha no Ginásio de Esportes “Neuaa Galetti” (da avenida Santo Antônio), que fica sem uso quase todos os dias do ano, para que a população infectada possa receber soro, não sofrer e nem morrer. Mas para isso a cidade precisaria ter uma equipe de gestores. Concluindo, Danidengue Alonso e seu braço direito, Dr. Alysson Alex, poderiam pensar um pouco menos no MAC e mais na população. 

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Gestão de Danidengue Alonso deixa Marília com um dos piores índices de SP, mais caos nos hospitais. Já Chapeco (SC) dá exemplo e nebuliza com drones. Veja vídeo!
Foto: Reprodução