O prefake Daniel Alonso (PL) é alvo de um novo pedido de abertura de CP (Comissão Processante) na Câmara Municipal de Marília, por supostas pedaladas fiscais e calote no Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília). Dessa vez, o autor do pedido é o eleitor Ronaldo Martins Machado, que aponta, em 70 páginas, várias irregularidades que teriam sido cometidas pelo chefe do Executivo.
Pedido passa por análise da procuradoria do Legislativo. Documentação já deve ser lida e votada pelos vereadores na próxima segunda-feira. Se não preencher os requisitos, pode ser arquivada automaticamente.
Machado aponta que o montante dos débitos já chegam a quase R$ 650 milhões (sem contabilizar eventual calote de 2024) e podem levar o Ipremm a falência. Ao longo da exposição de motivos, o autor do pedido de CP destaca que Alonso culpou as administrações anteriores, por deixar rombo milionário para o seu governo, cuja primeira gestão começou em 2017.
“Em algumas mídias digitais ele fala em uma dívida de R$ 200 milhões, em outros o valor muda para R$ 100 milhões e tem alguns que ainda mencionam R$ 50 milhões”, relata o autor do pedido de CP. Além disso, o pedido de CP aponta ainda para supostas maquiagens contábeis por parte da administração, para registrar uma dívida menor do que a verdadeira.
Para Ronaldo Machado, tal manobra se configura em “pedalada fiscal, que são operações atípicas, não previstas na legislação, utilizadas para maquiar o resultado das contas públicas”. O documento protocolado na Câmara às 16h35 desta terça-feira (09/04) relata ainda que a CP tem o objetivo de apurar possível improbidade administrativa e crimes de responsabilidade contra o prefeito Daniel Alonso (PL).
Documento pede ainda que seja feita uma auditoria nas contas do Ipremm, para apurar a ocorrência de improbidade administrativa e demais consequências dos atos, omissões e apuração das responsabilidades que levaram o Instituto a tal endividamento perto de R$ 1 bilhão.
Por fim, o documento pede também que uma cópia do pedido de CP seja encaminhada à Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal), por conter verbas públicas federais envolvidas através do FPM (Fundo de Participações do Município), citado nas diversas justificativas para parcelamentos e reparcelamentos das dívidas junto ao Ipremm. A mesma ciência seja dada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo), MP (Ministério Público Estadual) e TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Mas esses vereadores (foto) podem votar contra investigação, como sempre. Ou vários começarão a traição no fim de governo. Você vai votar neles em outubro agora?