Elon Musk, o bilionário sul-africano e dono do X (antigo Twitter), retomou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a legislação brasileira foi violada.
Em uma publicação feita na madrugada desta quinta-feira (11), Musk compartilhou um vídeo com o discurso do deputado da oposição Gustavo Gayer (PL-GO) no Parlamento Europeu e novamente chamou Moraes de “ditador”. O empresário mencionou o perfil oficial do ministro do STF na postagem.
Em outra publicação, Musk revelou que o X recebeu um questionamento da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos sobre “ações que teriam violado a legislação brasileira”. Segundo ele, havia “centenas, se não milhares” de ações em “desacordo com a lei brasileira”. No entanto, ele não forneceu mais detalhes sobre esse questionamento da Câmara norte-americana.
Em uma terceira postagem, também nesta madrugada, Musk declarou que o X foi solicitado a suspender contas de membros do Congresso Nacional e de jornalistas. Contudo, ele não especificou de quem ou de qual órgão partiram as ordens de suspensão.
O empresário enfatizou que a plataforma respeita as leis de todos os países em que opera, incluindo o Brasil. Ele afirmou: “Quando dada uma ordem para desrespeitar a lei, nós devemos recusar”.
Musk tem feito uma série de postagens contra o ministro Alexandre de Moraes nos últimos dias. Ele pediu a renúncia ou impeachment do magistrado, alegando que as exigências de Moraes para a plataforma “violam a legislação brasileira”. Além disso, questionou por que o ministro estava exigindo “tanta censura no Brasil”.
No domingo (7), Moraes determinou a abertura de um inquérito contra o empresário. Na decisão, o ministro incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais. Ele alertou que, se a plataforma não cumprir as medidas judiciais, uma multa diária de R$ 100 mil será aplicada por perfil desbloqueado.
Moraes destacou que é inaceitável que os representantes dos provedores de redes sociais e serviços de mensageria privada, especialmente o ex-Twitter atual “X”, desconheçam a instrumentalização criminosa realizada pelas denominadas milícias digitais. Para o ministro, a conduta do X não configura apenas abuso de poder econômico, mas também flagrante induzimento e instigação à manutenção de diversas condutas criminosas praticadas pelas milícias digitais.