O novo diretor da Fundação Cultural Palmares (FCP), Laércio Fidelis Dias, classifica os estudos sobre raça, classe e gênero como uma “trindade maldita”.

Pesquisador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), ele é o nome escolhido por Sérgio Camargo para a direção do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro (DPA).

O novo diretor do órgão vinculado à Secretaria Especial da Cultura também é crítico da forma como as pesquisas sobre desigualdade racial são conduzidas. Dias defende que os estudos sobre desigualdade racial não tratem questões complexas como pobreza, nível educacional e disparidade salarial.

Para ele, a “abordagem é reducionista” e contribui para a “manipulação de políticas públicas, como a criação de cotas raciais”.

Laércio Fidelis Dias chegou à Fundação Cultural Palmares para chefiar o setor responsável pela proteção às pessoas de religiões de matriz africana, como o candomblé, e pela identificação e certificação das comunidades remanescentes de quilombos, documento necessário para que os quilombolas acessem políticas públicas.

Sua nomeação é resultado da ideia do presidente Sérgio Camargo de construir uma direção alinhada à extrema-direita. O professor também defende o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

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Professor da Unesp Marília é o novo  diretor da Fundação Palmares