Um vírus que pode causar paralisia já infectou um total de 69 pessoas em oito países da Europa, de janeiro a 31 de julho de 2024. O continente também registra oito mortes pela doença, conhecida como febre do Nilo Ocidental. Cinco óbitos ocorreram na Grécia, dois na Itália e um na Espanha, conforme dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
Casos humanos foram relatados na Áustria, Croácia, França, Hungria, Romênia e Sérvia. O maior número de casos foi registrado na Grécia, onde foram confirmados 31 casos, seguida da Itália (25) e da Espanha (5). A Áustria, Hungria e Sérvia relataram dois casos cada, enquanto a França e Romênia detectaram um. A Croácia relatou seu primeiro caso em agosto.
Surto de febre do Nilo Ocidental em 2024
As autoridades de saúde indicam que o número total de casos relatados em 2024 está dentro da “faixa esperada”, mas os dados sugerem que é maior do que em anos anteriores. Em 2023, houve 709 casos relatados em nove países europeus, incluindo 67 mortes. Esse número caiu em relação aos 1.116 registrados em 2022, mas mais regiões foram afetadas pela disseminação do vírus em 2023 do que em qualquer outro ano desde 2018.
O vírus do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo). Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadores do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos.
O vírus também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equinos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, pois não transmitem o vírus de volta aos mosquitos. Embora raro, o vírus pode ser transmitido através de transfusões de sangue, transplantes de órgãos e, em casos muito raros, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
Quais os sintomas da infecção pelo vírus do Nilo Ocidental?
A maioria das pessoas (cerca de 80%) infectadas pelo vírus do Nilo Ocidental não desenvolve sintomas. Quando os sintomas aparecem, eles podem variar de leves a graves. Aqui estão algumas possíveis manifestações da infecção:
- Forma leve: febre, dor de cabeça, dores no corpo, erupções cutâneas e inchaço dos linfonodos. Esta forma é conhecida como febre do Nilo Ocidental e geralmente se resolve sem tratamento específico.
- Forma grave: em casos raros (menos de 1%), o vírus pode causar doenças neurológicas graves, como encefalite, meningite, ou paralisia flácida aguda. Os sintomas incluem dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, confusão, tremores, convulsões e, em casos extremos, coma ou morte.
A identificação precoce dos sintomas e a busca por assistência médica são cruciais para o tratamento e a prevenção de complicações graves. No entanto, a prevenção continua sendo a melhor forma de controle.
Como prevenir a febre do Nilo Ocidental?
A prevenção é fundamental para reduzir a propagação do vírus. Algumas medidas simples podem ajudar na proteção contra a infecção:
- Uso de repelentes: Aplicar repelentes de insetos contendo DEET, picaridina ou óleo de eucalipto citronelado.
- Uso de roupas protetoras: Vestir roupas de manga longa e calças compridas para evitar picadas de mosquitos.
- Reduzir habitats de mosquitos: Eliminar locais de água parada onde os mosquitos podem procriar, como pneus velhos, latas e vasos de plantas.
- Instalar telas em janelas: Utilizar telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos nas residências.
Revista D Marília / Fonte: Terra Brasil Notícias