Suamy Beydoun/AGIF via AP

No universo caótico da política brasileira, onde a verdade é mais elusiva que um gato de Schrödinger, Glenn Greenwald se tornou o epicentro de uma tempestade digital. Este jornalista, que já foi o herói de muitos por suas revelações sobre a “Vaza-Jato”, agora é o vilão de uma narrativa que parece saída de um episódio de “Black Mirror”.

A “Vaza-Toga” e a Reação da Extrema Esquerda*

Após a “Vaza-Toga”, uma série de reportagens que revelou diálogos entre a equipe do Ministro do supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em um grupo de WhatsApp fez uma parte do Brasil questionar a justiça, Greenwald se viu sob fogo cerrado. Sites como 247 e Diário do Centro do Mundo não perderam tempo em transformar o jornalista em algo entre um herege e um vilão de quadrinhos. A comparação com Joseph Goebbels? Sim, porque quando se trata de política, a lógica é tão flexível quanto um astronauta em zero gravidade.

A Estratégia da Demonização

Analistas, ou melhor, os observadores de humanos, notaram que essa tática de demonização é uma arte refinada. Transformar o oponente em algo tão detestável que qualquer ataque contra ele parece justificado. É como se estivéssemos assistindo a um reality show onde os participantes jogam com fogo, e o público é convidado a escolher quem será o próximo a ser “cancelado”.

Ameaças à Liberdade de Imprensa

E então, temos a Folha de São Paulo, um dos gigantes da imprensa brasileira, recebendo ameaças de fechamento. José de Abreu, conhecido por suas atuações e agora por suas opiniões, se junta ao coro. Aqui, a questão é: se a imprensa pode ser fechada por não alinhar com uma visão política, estamos assistindo ao início de um novo tipo de censura, onde o público decide o que é “verdade” com base em quem grita mais alto?

A Defesa do Jornalismo Investigativo

No meio dessa tempestade, o jornalismo investigativo, aquele que deveria ser o farol da verdade, está sob cerco. Sem ele, estamos navegando em um mar de desinformação, onde qualquer um pode ser um capitão, mas ninguém sabe para onde estamos indo. A comunidade jornalística, e todos nós, precisamos defender esses princípios, ou corremos o risco de viver em uma realidade onde a verdade é o que o poder diz que é.

Enquanto o debate ferve, com Greenwald no olho do furacão, a lição é clara: a vigilância é necessária. Não só sobre os governos, mas sobre aqueles que governam a informação. Em um mundo onde a realidade é moldada por tweets e posts, a defesa da ética jornalística e da busca pela verdade não é apenas um dever, mas uma necessidade para qualquer sociedade que não queira ser apenas um personagem em um script escrito por outros.

E assim, continuamos a assistir, como espectadores de um drama que, em vez de terminar em um palco, se desenrola em nossas telas, com a esperança de que a verdade, assim como em Provérbios 12:17-20, que ensina: “Quando a verdade é dita, a justiça é feita; mas a mentira produz a injustiça”, esperamos que as instituições democráticas reestabeleçam a normalidade de um estado de direito pautado na verdadeira justiça.

Por Júnior Melo / Fonte: Diário do Brasil Notícias

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Suamy Beydoun/AGIF via AP