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A ditadura de Nicolás Maduro prendeu mais dois jornalistas na Venezuela. São eles: Ana Carolina Guaita, repórter do portal La Patilla e filha de conhecidos líderes da oposição no estado costeiro de La Guaira, Víctor Ugas.

Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Imprensa (SNTP) da Venezuela, Ana Carolina foi levada na terça-feira, 20, por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), a polícia política que persegue os inimigos de Maduro, por volta das 18h, no horário local.

O Comitê de Direitos Humanos do Vente Venezuela, partido da opositora María Corina Machado disse que Ana Carolina foi “sequestrada a bordo de um carro branco ao sair de casa” e seu paradeiro é “desconhecido”.

“Alertamos a comunidade internacional sobre esta nova onda de repressão do regime contra a juventude venezuelana. Exigimos o fim da repressão e criminalização na Venezuela”, acrescentou o partido no X.

“Ana Guaita, correspondente de La Patilla em La Guaira, foi presa por supostos agentes do Sebin em El Rincón, Maiquetía. O governo intensifica perseguição a jornalistas e meios de comunicação. Rejeitamos esta política de Estado”, alertou o Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela no X.

“Exigimos a liberação de Ana Guaita”, acrescentou.

Víctor Ugas
No domingo, 18, agentes bolivarianos levaram à força o jornalista Víctor Ugas, acusado do crime de “incitação ao ódio” após uma discussão com o influenciador digital Emmanuel Marcano, um dos agentes da propaganda chavista no TikTok.

Ugas já havia permanecido três anos preso, acusado de vazar fotografias do corpo do líder chavista Robert Serra, assassinado por sua ex-amante, mas que o Palácio Miraflores queria transformar em um mártir.

Com Ana Carolina Guaita e Víctor Ugas, o número de jornalistas presos na Venezuela após a farsa eleitoral de Maduro chegou a oito.

Por um país “sem perseguições”
Após a oposição denunciar o desaparecimento dos dois jornalistas, o candidato da oposição, Edmundo González, escreveu:

“Os venezuelanos votaram contundentemente no dia 28 de julho para construir:

– Um país onde a moeda vale

– Ter serviços públicos que funcionam

– Salários e pensões decentes

– Uma educação que gera oportunidades

– Ir para hospitais de qualidade

– Um país sem perseguições, nem migração forçada

Esse desejo não vai parar. Trabalhemos todos por essa transição pacífica e ordenada com as garantias que a Venezuela exige.”

Fonte: O Antagonista

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Ditadura de Maduro detém mais dois jornalistas
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