© José Cruz/Agência Brasil

O fim do horário de verão no Brasil, anunciado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, continua a ser um tópico de discussão nacional. Nesta quarta-feira (16/10), o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu novamente não retomar a medida para o verão de 2024. O ministro Alexandre Silveira afirmou que a atual situação energética do país não exige a reimplementação desta política, garantindo que a segurança energética está assegurada.

O horário de verão foi extinto em 2019 sob a justificativa de que a economia de energia não era expressiva o suficiente para justificar a sua continuidade. Na época, o argumento central foi a redução na diferença entre a luz do dia disponível e o horário de pico de consumo de energia, devido às mudanças no perfil de consumo e à maior eficiência energética nos equipamentos utilizados pela população.

Opiniões Contrastantes sobre o Horário de Verão

Apesar da decisão do governo, o tema continua a dividir opiniões. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou a reintrodução do horário de verão ainda em 2024. Este comitê, composto por órgãos como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), destacou potenciais benefícios em reduzir a carga nos horários de pico, especialmente em regiões onde o consumo de energia atinge níveis críticos.

Os Benefícios Propostos do Horário de Verão

A principal intenção do horário de verão tem sido o alívio na demanda energética durante o período noturno, quando a população retorna às suas residências. Tradicionalmente, ao adiantar os relógios, há uma redução no uso de luz artificial e outros eletrônicos, resultando em menos estresse sobre o Sistema Interligado Nacional (SIN). Regiões como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, e outras no sul e sudeste do Brasil, eram as principais aderentes a essa mudança sazonal.

Próximos Passos e Reavaliações Futuras

O governo brasileiro afirmou que a discussão sobre a necessidade do horário de verão será reavaliada em 2025. Este prazo permitirá uma análise mais abrangente do cenário energético e das tendências de consumo futuras. Até lá, o debate sobre a eficácia e a necessidade desta medida segue em aberto, com especialistas e setores da sociedade civil apresentando diferentes visões sobre o tema.

Fonte: Terra Brasil

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