Os pedágios do tipo “free flow”, ou seja, sem cancela, começaram a ser implementados no Brasil no último ano, especialmente em trechos geridos pela concessionária CCR RioSP. Este sistema, amplamente utilizado em países da Europa e América do Norte, visa aumentar a fluidez do tráfego nas rodovias ao eliminar a necessidade de paradas nos pedágios tradicionais.
No início desta semana, o Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou uma resolução que propõe a adoção do sistema de pedágio eletrônico em todo o território nacional. A medida tem como objetivo principal substituir os pedágios tradicionais por este novo modelo, prometendo melhorias significativas no fluxo de veículos e uma redução na emissão de carbono devido ao tráfego mais fluido. Conheça também a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.
Operação dos Pedágios Free Flow
O sistema de pedágio eletrônico funciona de forma semelhante ao tradicional, mas elimina a necessidade de paradas. A cobrança dos motoristas é realizada por meio da leitura das placas dos veículos ou através do uso de TAGs eletrônicas, como ‘Sem Parar’, ‘Connect Car’ e ‘Veloe’. Este método não só acelera o processo de cobrança, como também possibilita descontos progressivos, conforme detalhado no contrato de concessão.
Por exemplo, na CCR RioSP, ao utilizar uma TAG, a cobrança é feita diretamente na fatura da operadora. Motoristas sem TAG devem pagar a tarifa pelos meios de comunicação digital disponibilizados pela concessionária em até 15 dias. Caso contrário, estão sujeitos a multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro, além de encargos adicionais por atraso.
Alterações na Tarifação e Custos
Desde março de 2023, a tarifa para carros de passeio foi inicialmente estabelecida em R$ 4,10. Ao longo dos meses, o valor sofreu reajustes e atualmente, durante a semana, é de R$ 4,70. Nos fins de semana, a tarifa aumenta para R$ 7,90, começando na sexta-feira à noite e terminando na segunda-feira pela manhã. O governo também considera a implementação de uma nova forma de tarifação, onde o montante pago seja proporcional aos quilômetros percorridos.
Esta mudança propõe dividir a estrada em vários trechos, cada qual cobrado separadamente, em oposição ao modelo atual, que cobra uma tarifa única para o uso de toda a via. Assim, se um motorista viajar por 10 km e houver outro pórtico após essa distância, a cobrança será diferenciada e específica para o trecho adicional.
Próximos Passos e Discussões
A proposta introduzida pelo Ministro Renan Filho será submetida ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para avaliação e deliberação. Os resultados desta reunião poderão definir o futuro dos sistemas de pedágio no Brasil, potencialmente influenciando o modo como motoristas pagam por suas viagens nas rodovias.
O desenvolvimento e a implementação deste modelo no país prometem uma nova era para a infraestrutura rodoviária, com melhorias no trânsito e benefícios ecológicos, confirmando a tendência global de modernização dos sistemas de cobrança em estradas.