O presidente Jair Bolsonaro abriu os discursos dos chefes de estado, como tradicionalmente acontece, na 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22) e deu importante destaque à produção brasileira de alimentos. “Durante a pandemia, a produção não parou, o homem do campo trabalhou como nunca. O Brasil contribuiu para que o mundo estivesse abastecido”, disse Bolsonaro.
Em sua fala, o presidente afirmou ainda que o agronegócio do Brasil continua pujante e que é responsável por garantir a segurança alimentar de um sexto da população mundial. E para isso, novamente, citou números como os 66,3% de preservação do território nacional e 27% para uso agropecuário.
Bolsonaro afirmou ainda que, mesmo assim, o Brasil continua sendo vítima de uma campanha brutal de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. “A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima, isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”.
a sequência, o presidente voltou a afirmar que a produção agropecuária brasileira se pauta em uma das mais rigorosas legislações ambientais do planeta – o Código Florestal Brasileiro – e que seu governo segue com tolerância zero frente a crimes ambientais. Assim, afirmou que a evolução vem pelo aprimoramento e efetivação da lei da regularização fundiária.
“Somos líderes em conservação de florestas tropicais, temos a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Mesmo sendo uma das 10 maiores economias do mundo, somos responsáveis por apenas 3% da emissão de carbono”, disse. “O Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos e por isso há tanto interesse em propagar desinformação sobre nosso meio ambiente. Estamos abertos para o mundo naquilo que melhor podemos oferecer: nossos produtos no campo. Nunca exportamos tanto. O mundo, cada vez mais, depende do Brasil para se alimentar”, diz.
Bolsonaro conectou ainda temas importantes como a preservação ambiental e o avanço de acordos comerciais. “(…) As regras de proteção ambiental devem ser respeitadas e os crimes devem ser apurados com agilidade, para que agressões como a ocorrida contra o Brasil não venham a atingir outros países (…) o Brasil se esforçou na COP25 em Madri para regulamentar os artigos do Acordo de Paris que permitiriam o estabelecimento efetivo do mercado de carbono internacional. Infelizmente fomos vencidos pelo protecionismo”.