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A recessão causada pela pandemia da Covid-19 está provocando aumento no número de pessoas abaixo da linha de pobreza e em extrema pobreza na América Latina e no Caribe, principalmente nas áreas rurais. Nesse sentido, é urgente corrigir rapidamente as lacunas de conectividade na região mostra o estudo “Conectividade rural na América Latina e no Caribe – Uma ponte para o desenvolvimento sustentável em tempos de pandemia”, apresentado nesta quinta-feira pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Microsoft.

O IICA, o BID e a Microsoft fizeram esse trabalho por acreditarem que promover a conectividade é uma condição indispensável e prioritária para possibilitar o desenvolvimento da vida comunitária no meio rural. “Temos o objetivo de mitigar radicalmente as lacunas que travam o desenvolvimento. A lacuna de conectividade rural-urbana é uma das mais importantes”, disse em comunicado o diretor geral do IICA, Manuel Otero.

A pesquisa, que concentra o trabalho em 24 países latino-americanos e caribenhos e fornece um panorama abrangente da situação da conectividade rural na região, mostra que pelo menos 77 milhões de pessoas que vivem na zona rural da região carecem de conectividade com padrões mínimos de qualidade.

O estudo revela, ainda, que 71% da população urbana da América Latina e do Caribe tem opções de conectividade, enquanto o índice cai para 37% na área rural, uma diferença de 34 pontos porcentuais, que prejudica o potencial social, econômico e produtivo das comunidades.

No total, 32% da população na América Latina e Caribe, ou 244 milhões de pessoas, não acessa serviços de internet. A diferença de conectividade é mais acentuada quando se separa populações urbanas e rurais. Em alguns casos a diferença chega a 40 pontos porcentuais. Do total de pessoas sem acesso à internet na região, 46 milhões vivem em áreas rurais.

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América Latina: 77 milhões de pessoas do campo têm acesso ruim à internet
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