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Os preços do boi gordo voltaram a subir nas principais regiões de produção e comercialização no mercado físico brasileiro nesta quarta-feira (11). Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os animais destinados ao mercado chinês seguem muito demandados, com uma disputa acirrada entre os frigoríficos, sendo esse um dos elementos que justifica o expressivo movimento de alta do boi gordo em 2020.

Em São Paulo, a indicação de negócios envolvendo animais padrão China chega a R$ 300 por arroba. Para animais destinados ao mercado doméstico, negociações acontecem a partir de R$ 290 por arroba, na modalidade à vista.

A oferta de animais terminados permanece restrita em grande parte do país, quadro que não deve mudar até o final do ano, avaliando que a entrada de animais de safra deve acontecer apenas no primeiro trimestre, em linha com o desgaste das pastagens provocado pela estiagem prolongada que atingiu o Centro-Sul do país neste segundo semestre.

Diversas indústrias em São Paulo passam a se ausentar do mercado, e avaliam a possibilidade de alterar a curva de preços diante do recente encarecimento da matéria-prima, diz o analista. Para os frigoríficos que operam no mercado doméstico a margem operacional é negativa, mesmo com o constante movimento de alta no atacado.

A Capital (SP), os preços do mercado à vista ficaram em R$ 294 a arroba, ante R$ 290 da terça-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 285 a arroba, estáveis. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a cotação chegou em R$ 286, a arroba, contra R$ 281. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 280 a arroba, ante R$ 277. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o valor ficou em R$ 271 a arroba, ante R$ 267.

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Arroba do boi sobe e se aproxima do patamar de R$ 300 no mercado interno